O que você precisa saber
Não há representação diplomática da Serra Leoa no Brasil
Embaixada em Conacri (Guiné):
J944+RM6 – Conacri
Coordenadas: 9°36’25.4″N 13°38’36.2″W
Documentos requeridos:
- Passaporte
- Formulário preenchido
- Foto 3×4
Custo: US$ 80 (pagos em dólar)
Conseguir o visto para a Serra Leoa na embaixada em Conacri, capital da Guiné, consiste em dois desafios: o primeiro é achar a localização correta, pois, mais uma vez, o endereço no Google Maps está errado —obrigada, iOverlander. Já o segundo é conseguir os dólares para pagar, já que francos guineanos (moeda local) não são aceitos.
Tirando essa parte, o procedimento é bem simples. Chegamos ao endereço certo perto das 15h. Os horários dessas representações varia bastante, e é importante sempre tentar conseguir o máximo de informação possível antes de se deslocar —as de Gana, por exemplo, sempre possuem sites próprios, com endereço e horário, mas essa não é a regra por essas bandas.
Ainda assim, o responsável pelo visto nos recebeu super bem, nos indicou onde conseguir os dólares e disse que poderíamos voltar ali naquele mesmo dia para dar entrada e que o processo levava 24 horas. A sorte é que a embaixada ficava em uma região com vários bancos por perto, e o oficial chegou a nos dizer que é possível trocar dólares em alguns estabelecimentos, mas não os localizamos.
Fomos, então, ao Ecobank, instituição espalhada por todos os países da África Ocidental que passamos. Perguntamos se era possível comprar dólar ali e fomos sacar o montante (em duas vezes, pois ultrapassava o limite do caixa eletrônico). Voltamos, mas falamos com outra pessoa, que foi perguntar de novo se era possível. Ficamos aguardando 40 minutos para que o gerente de caixa fizesse a transação e, finalmente, conseguimos os US$ 160 (R$ 943).
Nesse vaivém, voltamos para a embaixada depois das 16h, com receio de que tivéssemos que dar entrada só no dia seguinte. Apesar de o oficial não estar mais lá, seu colega nos recebeu, entregou o formulário para preencher e ficou com os nossos passaportes brasileiros.
O formulário pede informações básicas —além daquelas que estão na página de dados do passaporte, endereço (colocamos o do Brasil), telefone e endereço na Serra Leoa (escolhemos um hotel, mesmo sem reserva, e preenchemos com o nome dele, sem endereço completo). Deixamos também uma foto 3×4, mas poderíamos ter tirado ali.
Como prometido, no dia seguinte, por volta das 15h, fomos buscar nossos passaportes já carimbados com o visto para a Serra Leoa —é literalmente um carimbo preenchido a mão, o que me deu a impressão de que, se tivéssemos chegado mais cedo, poderia até sair no mesmo dia.
Visto na chegada?
Descobrimos depois que a Serra Leoa também adota o visto na chegada ao país (chamado de visa on arrival), mesmo por fronteiras terrestres. Em dúvida se o passaporte brasileiro seria elegível e com receio de uma possível corrupção dos agentes, decidimos tirar em Conacri.
Essa decisão fez com que pagássemos o dobro, segundo um casal de holandeses que conhecemos na Guiné e encontramos em Freetown depois. O custo foi de cerca de 40 euros (R$ 221) por visto e sem nenhum problema quanto à propina. Realmente, entrar na Serra Leoa foi bem tranquilo, mas, para saber disso estando em Conacri, só com bola de cristal.















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