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Como tirar o visto do Gabão que você, brasileiro, não precisa


O que você precisa saber

Viajantes de países do G20, Brasil incluído, não precisam mais de visto para o Gabão


Pois é, caro viajante. Tendo um passaporte brasileiro, você não precisa mais de visto para entrar no Gabão e pode ficar lá por 30 dias (mas, na fronteira de saída para o Camarões, nos falaram em 90 dias). E descobrimos isso um dia depois de obter o nosso no consulado gabonês no Benim.

Após termos descartado a viagem para a Nigéria, decidimos ir para o Gabão de avião. Nossas pesquisas indicavam que, para entrar no país pelo aeroporto de Libreville, era possível conseguir um eVisa.

No site do eVisa para o Gabão, preenchemos um formulário para receber o ETA (Electronic Travel Autorisation, ou autorização eletrônica de viagem) e, com ele no e-mail em até 72 horas, solicitar o eVisa.

O formulário pedia para informarmos o tipo e a duração do visto e também dados do passaporte e o endereço de onde ficaríamos no Gabão. No site, há um aviso de que nenhuma taxa será cobrada digitalmente, apenas no aeroporto em solo gabonês. Assim, o viajante não perde dinheiro caso não consiga o ETA.

Após duas experiências positivas com vistos eletrônicos, para a Guiné e o Benim, estávamos confiantes de que o processo para o Gabão seria fácil. Ledo engano.

Ao fim das 72 horas, nada havia chegado aos nossos e-mails. O prazo final era às 14h de sexta e nosso voo para Libreville seria na noite de sábado, então apelamos para o Consulado do Gabão em Cotonou para descobrir o que fazer.

Como muitos prédios diplomáticos, há uma etiqueta de vestimenta para entrar no prédio, que proíbe bermudas/shorts e regatas, e havíamos esquecido isso quando rumamos para lá. Deste modo, só eu pude entrar, mesmo estando com bermuda.

O agente consular me informou que, por ser fim do expediente, o visa express ficaria pronto apenas na segunda. Depois de eu explicar a situação sobre o voo no dia seguinte, ele falou que poderíamos obter o documento ainda naquele dia, mas que toda a papelada deveria ser entregue até as 16h.

Saímos correndo dali e, como ensinam há séculos, dividimos para conquistar: enquanto eu corria até o hotel para pegar as roupas adequadas e sacava dinheiro, a Pati se encarregou das fotocópias dos documentos.

Após 30 minutos de muita tensão, estávamos de volta ao consulado. No fim, o processo todo no local levou menos de 1 hora. E assim terminamos a nossa sexta felizes com um novo visto no passaporte e nossa saída garantida do Benim após tantos dias de estresse com a burocracia nigeriana.

O plot twist da história veio no sábado, quando conversamos com Tuany, a brasileira que nos hospedaria em Libreville. Ela nos avisou que, cerca de 30 dias antes, o governo gabonês havia isentado os turistas de países do G20 —Brasil incluído— de visto. Sim, tínhamos gastado 130.000 XOF (R$ 1.196) em um documento desnecessário, além de página no passaporte que já quase não tem páginas duplas, exigidas para os vistos.

E o funcionário do consulado em nenhum momento nos informou sobre essa nova política gabonesa, nos fazendo correr pelas ruas de Cotonou à toa. Imagine a nossa alegria.

Entretanto, ao passar pelo controle do aeroporto de Libreville, dois funcionários nos pediram o visto. Ou eles ainda não se acostumaram com a nova medida, ou não foram informados.

Dias depois, um brasileiro morador de Moçambique foi impedido de pegar um voo da África do Sul para o Gabão porque não tinha o visto. A empresa precisou obter um documento às pressas e, quando ele finalmente conseguiu voar, não precisou apresentar nada em Libreville. Aparentemente, nem todas as companhias aéreas foram informadas.

Ao fim de tudo, espero que a isenção de visto esteja mais difundida quando você, viajante, organizar sua ida para o Gabão.

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