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Visto de Angola pode ser feito online, mas é trabalhoso


O que você precisa saber

Embaixada em Brasília*
SHIS QL 6, Conjunto 5, Casa 1 – Lago Sul – Brasília/DF
CEP: 71620-055
Telefones: +55 (61) 3248-2999
Email: embaixada.brasil@mirex.gov.ao
Site: www.embaixadadeangola.com.br

Documentos necessários (digitalizados)

  • Passaporte
  • Foto 3×4
  • Formulário preenchido
  • Reserva de hospedagem
  • Reserva de passagem aérea de saída
  • Certificado da vacina contra febre amarela
  • Comprovante de meios de pagar a viagem

Custo: 36.600 kwanzas, pagos em espécie na entrada

* há consulados no Rio e em São Paulo


Eu tinha grandes expectativas para este momento: a chegada a Angola. Isso porque, depois de tantos vistos, burocracias e perrengues desde a Mauritânia, a viagem a partir do país lusófono faz parte de uma rota bem mais turística, e isso significa mais infraestrutura. Há vistos, mas normalmente eles são eletrônicos ou na chegada (visa on arrival).

Mas, antes, era preciso enfrentar a burocracia angolana. Havíamos dado uma rápida olhada no site do eVisa de Angola (que não é bem isso, mas sim um pré-cadastro online) e tudo parecia bem, com várias opções de fronteiras terrestres, além do Porto de Luanda e de dois aeroportos. Ao consultar com mais afinco, mais perto da travessia, vimos que não era bem assim.

Há muitas entradas por terra, é verdade, mas apenas uma delas é a partir da RD Congo, a de Luao. Isso signficaria três dias de viagem de Kinhsasa apenas para chegar à fronteira e mais um dia até a capital Luanda.

Como ainda estávamos em Brazzaville, poderíamos ir até Ponta Negra e entrar por Cabinda, um exclave angolano, mas eu, que não havia lido todos os mesmos relatos que o Faraó, fiquei em dúvida se o visto seria de fato de múltiplas entradas, já que teríamos que passar pela RD Congo para entrar de novo em Angola.

Por fim, decidimos tentar a nossa sorte na embaixada de Angola em Kinshasa —e não deu certo. Lá, é preciso ou ser residente ou ter um documento da embaixada da sua nacionalidade atestando que você é um turista (só havíamos ouvido falar de algo do tipo na fronteira saindo do Gabão em direção ao Camarões).

Estamos utilizando os passaportes europeus, e não é como se houvesse muitas representações da Polônia (nacionalidade do Faraó) pela África. Nos restou, então, fazer o eVisa com entrada por Luao e encarar tudo como uma aventura.

Decisão tomada, vamos ao desafio de preencher o formulário online. As informações solicitadas são básicas: dados do passaporte, endereço residencial, endereço em Angola, além da documentação a ser enviada (mais detalhes abaixo). O detalhe é a necessidade de um contato no país, com informações de identificação, mas isso é contornável.

Até aqui, nada desafiador, certo? Pois o périplo está no envio dos documentos. A lista é a tradicional: foto, passaporte, vacina contra febre amarela, reserva em hotel e de passagem aérea de saída e um comprovante de meios de pagar a viagem (enviamos um extrato de banco). No caso da passagem aérea, colocamos um print do itinerário de Luao até Luanda e depois da capital até Santa Clara, na fronteira com a Namíbia.

Se a lista é a padrão, o pulo do gato está no formato que precisa enviar esses documentos. Mais do que isso, na resolução e na escala de cor utilizada. Sim, eles são bem específicos, mas pelo menos deixam tudo explicado na seção sobre como preencher o formulário e reforçam mais umas três vezes ao longo do preenchimento.

A resolução precisa ser entre 100 dpi e 150 dpi, com tamanhos máximos bem baixo para arquivos em .jpg (a alternativa é .tiff) e tudo em escala de cinza (não é preto e branco, é escala de cinza). Levamos algumas horas colocando tudo no padrão certo.

O lado bom do visto de Angola é que se paga na chegada, então não há o receio de haver algum problema e ter de pagar novamente, como foi no caso da Nigéria. Esse procedimento é normal quando se trata de uma Pré-Autorização de Entrada, que é o nome do documento emitido.

O meu chegou uma hora depois do envio do formulário. Já o do Faraó… recusado, e a resposta veio só no dia seguinte. Estranhamos muito, pois apresentamos exatamente a mesma documentação e, inclusive, o comprovante de meios estava no nome dele. A única diferença era a nacionalidade: italiana a minha, polonesa a dele.

Ele fez, então, uma reserva de passagem aérea e repetiu o pedido. Demorou um pouco mais, cerca de duas horas e meia, mas a autorização chegou ao email. E, assim, partimos para a nossa aventura de travessia.


Se você é descendente de poloneses e quer saber se é possível ter sua cidadania reconhecida e o passaporte europeu, o Eduardo Joelson faz esse serviço burocrático. Em 2019 o Faraó o contratou e conseguiu rapidamente a documentação. Caso você o procure por meio da gente, ganhamos 5% de comissão.

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