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Okinawa, chamada de Havaí do Japão, tem praias lindas e rivalidade histórica


Após visitarmos a imensa Tóquio e algumas outras cidades nipônicas, como Osaka, Quioto e Hiroshima, não podíamos deixar o país sem antes passar alguns dias na paradisíaca Okinawa, chamada de Havaí do Japão.


Informações práticas*:
  • Média hospedagem: 5.895 ienes (R$ 219,50)
  • Média jantar: 1.960 ienes (R$ 69,50)
  • Visto: brasileiros são isentos de visto
  • Moeda: iene (1 iene = R$ 0,035)
  • Dica: Ônibus de linha e o shuttle do aeroporto ligam Naha a outras cidades, e podem ser pagos com dinheiro ou aproximação do cartão.

* valores para junho de 2024 para duas pessoas


Queríamos tanto desfrutar do belo litoral desse arquipélago de 169 ilhas quanto provar o sobá, prato típico de lá, com macarrão, e que faz sucesso na Feira Central de Campo Grande, minha terra. Há uma estátua de um sobá gigante no local —o pessoal gosta tanto de monumentos grandes que ao lado do aeroporto está a de uma guampa de tereré, bebida tradicional de Mato Grosso do Sul.

Mas o que esse belo estado brasileiro tem em comum com o arquipélago nipônico? Além do forte calor, esse pedaço do Centro-Oeste foi o destino de centenas de okinawanos que migraram para o Brasil desde o início do século 20. Segundo a Associação Okinawa de Campo Grande, 65% da comunidade japonesa da cidade é de descendentes dessas ilhas do Pacífico, e olha que tem bastante asiático na capital sul-mato-grossense.

Se os okinawanos têm uma boa relação com os brasileiros, o mesmo não se pode dizer quando se trata dos japoneses. Oi? Senta que lá vem história.

As ilhas de Okinawa faziam parte do próspero e independente Reino de Ryukyu, que mantinha comércio com os vizinhos Japão, China e Coreia. Essa convivência influenciou numa cultura própria, com idioma e tradições locais.

Em 1609, o imperador japonês conquistou o arquipélago e passou a receber tributos e, séculos depois, em 1879, houve a anexação oficial. Durante a gestão nipônica, as tradições locais foram suprimidas, o que gerou descontentamento nos povo local. Por isso, não se surpreenda se alguém falar que sua família é de Okinawa, não do Japão.

Para piorar a situação, com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos passaram a administrar o arquipélago e, em 1972, o devolveram ao Japão. Isso entre aspas, porque ainda ficaram 32 bases militares, utilizadas durante as guerras da Coreia, do Vietnã e do Afeganistão, entre outras.

Não sabemos se é reflexo de décadas de forte presença do Tio Sam, ou se é algo mais antigo, mas é muito comum ver, nas ruas, pessoas de traços asiáticos ou não usando camisas floridas, shorts ou saias e chinelos. Praticamente o Havaí nipônico.

Essas vestimentas representam bem o espírito okinawano, de bem com a vida. Não é à toa que o arquipélago é uma das zonas azuis do mundo, regiões onde os habitantes são mais longevos do que a média. A dieta local ajuda muitos a superarem os 100 anos de vida —mais um motivo para você provar o sobá.

Além da comida, o que deve ajudar muitos a viver mais é a ida à praia, pois há vários trechos de areia que são um arraso! Concentramos nossa estadia em Kibougaoka Beach, na região de Onna, a cerca de 50 km da capital, Naha.

A faixa de areia é pequena, mas a claridade da água é imensa. Nas conveniências do entorno, vendem-se óculos de natação e máscaras de snorkeling, equipamentos que convidam o turista a desfrutar mais das águas transparentes.

Há vários hotéis e resorts na região, e ficamos no Onna Garden Resort Okinawa (5.895 ienes/R$ 219,50). O local não é tão pomposo quanto o nome, mas o quarto é amplo, assim como a área comum. Além de poltronas e mesa para as refeições, o lugar conta com uma cozinha espaçosa e vários utensílios. Uma pechincha para a região. E tem restaurantes por perto, mas a maioria com preços condizentes às hospedagens mais caras.

Em Naha, ficamos em dois endereços diferentes. Quando chegamos de Tóquio, paramos no Roco Inn (5.180 ienes/R$ 178,50) e logo descobrimos o porquê do preço em conta: na região estão vários bares de entretenimento adulto.

Na despedida do arquipélago, mudamos para o Rembrandt Style (8.517 ienes/R$ 302). O bairro é melhor e está a uma caminhada de 20 minutos da rua Naka Kokusai Dori, com muitos restaurantes e lojas de suvenir. Uma boa forma de levar recordações físicas, já que as imagens do mar, definitivamente, não sairão da cabeça.

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