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Como funciona o relocation, com carro grátis ou a 1 dólar por dia


A alegria do viajante é gastar nada ou muito pouco para se deslocar. Para isso, há tante gente ensinando/estudando milhas aéreas (assunto do qual não entendemos nada, infelizmente) ou mesmo pegando carona na estrada. Para os menos aplicados ou aventureiros, existe o relocation, algo que olhamos com atenção na Oceania e no qual estreamos na Nova Zelândia.

Em bom e velho português, essa tática de viajar barato é a realocação de veículo. Normalmente, empresas de aluguel de carro precisam que sua frota seja reposta em alguma unidade, já que há clientes que costumam pegar o automóvel numa cidade e devolver em outra.

Como sai caro um funcionário buscar a caranga ou pagar um caminhão-cegonha para esse traslado, por que não disponibilizar o possante por preços módicos para interessados trabalharem de graça? É um ganha-ganha de ambas as partes.

Ouvimos falar dessa opção ainda no nosso planejamento dessa volta ao mundo, quando o pai da Pati comentou sobre um conhecido que viajou de motorhome pela Austrália pagando muito pouco pelo aluguel, justamente porque estava fazendo o contrafluxo dos turistas usuais.

Deixamos essa informação guardada na memória e, ao escrevermos nossa newsletter você já a assinou?— sobre formas de baratear sua viagem, fomos pesquisar a respeito.

Na Nova Zelândia e na Austrália, onde é forte a cultura da campervan inclusive viajamos pelo sul neozelandês assim—, as próprias empresas oferecem a prática de realocação de sua frota. São poucas as opções, entretanto.

Agora, se você está aberto a qualquer tipo de veículo, há sites como o Transfercar, em que o mais comum é encontrar sedans, SUVs e 4×4, mas também há campervans. Em muitas ofertas, cobra-se uma taxa simbólica de 1 dólar por dia, mas também é possível encontrar os que saem de graça.

Vimos ainda alguns que oferecem um tanque de combustível, quilometragem livre, bilhete da balsa ou pedágios. Afinal de contas, o motorista precisa ser conquistado, né?

Um dos grandes desafios é a sua agenda bater com a dos veículos disponíveis. Dependendo da época, há ofertas para a mesma semana, mas também pipocam opções que saem em alguns meses.

E a concorrência varia de acordo com os locais de partida ou de destino. Na Austrália, neste exato momento, há poucas oportunidades a partir das três maiores cidades, todas na costa leste: Sydney (3), Melbourne (5) e Brisbane (6). Os números aumentam exponencialmente quando você pesquisa saindo de Adelaide (97), no centro-sul, e de Darwin (71), no centro-norte.

Há realocação também no Brasil e as opções variam bastante. Semanas atrás, no Transfercar tupiniquim, pululavam ofertas nos estados do Sul e do Sudeste. Agora, elas sumiram e tudo se concentra no Nordeste. É preciso sorte e pesquisas constantes, caso você queira se aventurar neste mundo.

Nossa experiência

Na Nova Zelândia, conseguimos um Toyota Fortuner entre Christchurch, a maior cidade da Ilha Sul, e Picton, um lugar do qual você provavelmente nunca ouviu falar. O pulo do gato aqui é que ela é a última parada antes de pegar o ferry para a capital, Wellington, e, consequentemente, a Ilha Norte. Pela quantidade de ofertas, presumimos que é mais vantajoso cruzar o estreito de Cook como passageiro do que como motorista. Nas propostas de realocação entre as ilhas, algumas prometiam o bilhete da barca.

No site da Transfercar, você pode pleitear até três veículos ao mesmo tempo e a proposta vale por 24 horas. Logo, o melhor é não tentar aos fins de semana. Ao ser aceito, as demais tratativas são automaticamente canceladas.

Como a Transfercar é um agregador de ofertas, você não sabe de qual empresa é o veículo ali. O nosso, por exemplo, era da Sixt. Na hora da retirada, pediram as versões físicas da CNH e da Permissão Internacional para Dirigir.

Para quem não sabe, um Fortuner é enorme e comporta até sete confortáveis assentos. Nunca alugaríamos um carro assim, ainda mais que a diária dele, na Sixt, é de NZ$ 141,50 (R$ 480,50). Quem diria que, um ano atrás, na nossa viagem pela África, chegamos a compartilhar o lugar ao lado do motorista ou então viajávamos em quatro pessoas no banco de trás de pequenos carros. Ainda bem que a Terra é redonda.

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