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Visto da Austrália deve ser obtido on-line, mas processo é burocrático


O que você precisa saber

Embaixada em Brasília*
SES Avenida das Nações, Quadra 801, Conjunto K, Lote 7 – Brasília/DF
CEP: 70200-010
Telefone: +55 (61) 3226-3111 / 3223-7772
E-mail: embaustr@dfat.gov.au
Site: brazil.embassy.gov.au

Documentos necessários (mais detalhes no texto)

  • Passaporte
  • Comprovante de meios
  • Comprovante de vínculo com Brasil
  • Formulário preenchido

Custo: AU$ 195, pagos on-line

* Há consulados em São Paulo e no Rio de Janeiro


O visto para visitar a Austrália se tornou o terror dos nômades digitais brasileiros. Isso porque, para obter a autorização, é preciso apresentar uma série de documentos que inclui a comprovação de vínculo com o Brasil –normalmente em forma de um comprovante de emprego.

Com relatos de recusa de visto para algumas pessoas desse perfil –sem falar no alto preço investido–, muitos têm tirado o país dos planos de viagens. Nós temos a sorte de também sermos cidadãos europeus, o que facilita (e barateia) o processo, mas vamos explicar o básico para obter a autorização pelos dois passaportes.


Se você é descendente de poloneses e quer saber se é possível ter sua cidadania reconhecida e o passaporte europeu, o Eduardo Joelson faz esse serviço burocrático. Em 2019 o Faraó o contratou e conseguiu rapidamente a documentação. Caso você o procure por meio da gente, ganhamos 5% de comissão.


Visto da Austrália para brasileiros

O processo começa on-line e, se tudo estiver ok sob os olhos do governo australiano, irá ser 100% desta forma. Primeiro é preciso se cadastrar no site ImmiAcount, onde a solicitação é feita em inglês. Com o registro concluído, é hora de optar pelo visto correto: subclasse 600, com validade de um ano para visita de até três meses. E sim, há muitas opções. São 122 categorias, para ser mais exata.

Depois, vem a hora de responder o formulário de 19 páginas. Em resumo, será preciso dizer, além dos seus dados pessoais e de passaporte, o motivo da viagem, data prevista de entrada e saída da Austrália, se já visitou o país, se já fez alguma solicitação de visto, se alguém vai viajar com você e os dados dessa pessoa, dados básicos de membros da sua família (mesmo que não viajem com você), informações do seu trabalho, como pretende se manter durante a viagem, seu convênio médico e os antecedentes criminais.

Ufa! Lembra até o formulário do visto da China. E se você acha que acabou, vem a parte da documentação. A embaixada da Austrália no Brasil recomenda que sejam anexados:

  • carta do empregador informando cargo, tempo de serviço, salário e período de férias ou contrato social da empresa, caso seja sócio-proprietário; extratos de cartão de crédito dos três últimos meses;
  • comprovante de matrícula da escola ou universidade;
  • cópia do itinerário ou reserva de passagens; carta-convite de um familiar ou amigo na Austrália;
  • provas de disponibilidade financeira ou acesso a recursos financeiros disponíveis suficientes para a realização da viagem (que podem ser três últimos contracheques; declaração de imposto de renda atual; extratos bancários de conta corrente ou investimentos de renda fixa dos três últimos meses; e extratos de cartão de crédito dos três últimos meses).

Pequena a lista, né? Não à toa muita gente desiste. Mas vale ressaltar dois pontos muito importantes: a lista acima é uma orientação, e o próprio corpo diplomático afirma que “o requerente tem a opção de apresentar ou não qualquer documentação ou informação que achar pertinente”; e recomenda-se que todo esse processo seja feito antes da compra da passagem.

Espera que ainda não acabou. Os documentos precisam ser anexados em sua versão original e traduzida para o inglês, com nome do tradutor, seu endereço, número de telefone, suas qualificações e experiência com o idioma –exceto passaporte, extratos bancários e declaração de renda anual.

Nós falamos com a Stefani e o Wagner, do @ste_wagner_viagens, e eles confirmaram que realmente é preciso se estender bem nesse processo de comprovação da intenção de apenas fazer turismo e não imigrar para o país.

Além do passaporte e da certidão de casamento, no caso da Stefani que mudou de nome, eles apresentaram: extrato de cartão de crédito e da conta corrente, comprovante de emprego (o Wagner trabalha remotamente) e de salário, declarações de imposto de renda, vistos que têm nos passaportes e uma carta detalhando todo o itinerário na Austrália, além de reforçar que possuíam meios para se manter no país e que estes estavam acessíveis.

Este último detalhe teve a ver com uma rejeição do visto que tiveram anteriormente. A justificativa dada pelo governo foi que não estava claro se os recursos que apresentaram estavam de fácil acesso. Por isso, Stefani reforça a importância de apresentar o dinheiro na conta. Roda pelo meio viajante ainda que o valor ideal seria R$ 20 mil por pessoa para um mês.

Ela conta que eles também aproveitaram toda pergunta possível para garantir que tinham como se manter na Austrália.

Agora, sim. Com tudo isso detalhado e anexado, é hora de pagar a taxa: AU$ 195, o que dá pouco mais de R$ 700. É importante esclarecer que os documentos são anexados após o pagamento e não há uma aba específica para cada um e vai tudo junto, inclusive o passaporte digitalizado. E não, o casal não traduziu os documentos.

Pedido enviado, hora de aguardar a aprovação, que tem levado em média 20 dias, segundo o site Viagem e Turismo. Quando tiveram o visto rejeitado, a resposta veio rapidamente, em três dias úteis, conta Stefani. Já a aprovação demorou um pouco mais e chegou em 10 dias úteis.

O lado bom de tudo isso é que raramente solicitantes no Brasil são chamados para entrevista na embaixada em Brasília e o visto é associado ao passaporte de forma eletrônica, o que economiza uma visita à capital federal. Mas fácil também não é.

Visto da Austrália para europeus

Ao fazer pesquisa das exigências do visto para brasileiros, cheguei à conclusão de que o investimento para ter a cidadania europeia reconhecida compensou aqui (a minha, italiana, e a do Faraó, polonesa). O processo é, de longe, muito mais simples.

Tudo começa da mesma forma, com o cadastro no ImmiAccount, mas a subclasse do visto é a 651 (eVisitor). Também é preciso preencher um extenso formulário, onde se pergunta inclusive sobre outras cidadanias, além de antecedentes criminais, se há familiares na Austrália e outros dados básicos e do passaporte. Também há perguntas relacionadas a possíveis visitas passadas ao país e de vistos anteriores.

Mas sabe toda essa lista de documentos acima? Esquece! Só precisa do passaporte e é correr para o abraço. Assim como o visto para brasileiros, o eVisitor fica vinculado eletronicamente ao passaporte e você recebe uma notificação de concessão no e-mail –e isso ocorreu quase instantaneamente após enviarmos o formulário. O Faraó recebeu o e-mail da concessão antes mesmo do de confirmação de abertura do processo.

Seja com o visto 600 ou 651, após ter recebido o ok, é só viajar. E enfrentar a temida imigração australiana. Será que há justificativa para tanto episódio de “Border Security: Australia’s Front Line” (o “Aeroporto: Área Restrita” daqui)? No próximo texto contamos para vocês.

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