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Estrada na costa sul da Austrália impressiona com falésias, cangurus e coalas


Preparados para mais uma viagem de campervan? Depois de termos explorado a ilha sul da Nova Zelândia com a Travellers Autobarn, demos a sorte –no caso, eu, Pati– de ganhar uma promoção. Junto com a Scrubba, que ampliou nossos itens de viajantes com um kit lava e seca, a empresa concedeu seis noites de aluguel na faixa. Como estávamos indo para Austrália, aproveitamos para usar o voucher logo!

Como a retirada e a devolução precisavam ser na mesma cidade, decidimos partir de Melbourne, por onde chegamos e onde estávamos havia duas semanas. O destino: a Great Ocean Road. Esbarramos nela por acaso, numa revista da Air China no voo entre Japão e Nova Zelândia. Com essa oportunidade, decidimos incluir no roteiro (completo no mapa abaixo).


Informações práticas*:
  • Seguro da campervan: AU$ 347,50 (R$ 1.295)
  • Total de combustível: AU$ 264 (R$ 982,50)
  • Média camping: AU$ 46 (R$ 173)
  • Média mercado: AU$ 28 (R$ 103,50)
  • Visto: brasileiros precisam de visto
  • Moeda: dólar australiano (AU$ 1 = R$ 3,83)
  • Dica: O aplicativo CamperMate reúne ótimas dicas para quem viaja pela Austrália, como campings gratuitos e chuveiros com água quente.

* valores para agosto de 2024 para duas pessoas


O que vimos na Great Ocean Road

A estrada começa (ou termina) nos arredores de Melbourne. São 240 quilômetros construídos entre 1919 e 1932 por soldados que voltaram da Primeira Guerra Mundial, que a dedicaram aos mortos no conflito. Isso faz com que seja o maior memorial de guerra do mundo.

A certa altura, há um portal com uma placa que explica sua origem, mas ele não é nem no início nem no fim da estrada. Muito menos seu ponto alto. O principal cartão postal da Great Ocean Road são os 12 Apóstolos, formações rochosas no mar que encantam por sua beleza e o contraste da rocha alaranjada com o azul turquesa das águas. Na mesma região estão formações interessantes como a London Bridge, The Grotto e o Loch Ard.

O litoral, aliás, é em boa parte formado por falésias que têm em suas bases praias a perder de vista. Uma pena que, por ser agosto, o tempo não colaborou para desfrutarmos essa parte –admiramos só a vista mesmo. Mesmo assim, é preciso tomar cuidado e ficar atento às placas de avisos e recomendações sobre correntezas, tubarões e outros perigos que podem tornar o lugar pouco amigável ao banhista.

Beirando essas falésias há também diferentes pontos de trilha ou caminhadas para serem explorados. Andamos um pouco pela Koorie Cultural Walk, pela Great Ocean Walk (que tem 110 km de distância e pode ser feita em até oito dias) e pela Kennett River Nature Walk.

Nesta última fomos atrás dos coalas, mas eles tinham outros planos. Vimos apenas dois dormindo –seu estado natural, já que a soneca dura até 20 horas por dia. Não podemos, porém, dizer que tivemos má sorte nesse sentido. Todos os dias víamos ao menos um canguru (ou wallaby ou wallaroo, as variantes que descobrimos existir aqui).

Isso começou já no primeiro dia, quando nos embrenhamos em um camping gratuito aonde se chegava por uma estrada de terra. Depois, volta e meia tinha um saltitando por aí (e muitos mortos na beira da estrada, infelizmente).

Já os coalas, tiramos a sorte grande em Tower Hill, já no fim da Great Ocean Road. Chegamos no fim de tarde e na estrada para o estacionamento vimos um muito acordado. Ele ganhou um book de fotos e vídeos. Mas outros tantos, comendo, dormindo ou contemplando a sua existência, nos aguardavam quando estacionamos a van.

E isso que quase não fizemos este passeio, pois tivemos problemas mecânicos. O motor de partida desistiu da gente no quarto dia da viagem. Acionamos a assistência da Travellers Autobarn –na verdade, nosso amigo ligou e resolvemos o resto por e-mail–, e eles enviaram um socorro que nos garantiu chegar ao camping. Começamos a manhã seguinte na mecânica e conseguimos voltar à estrada no início da tarde.

Terminamos nossa saga região em Mount Gambier, uma cidade que fica já na Austrália Setentrional, outro estado, e acrescentamos no roteiro por ter um dia a mais, mas o local não nos conquistou –ainda mais depois de termos visto tantas belezas pela estrada e arredores. Isso porque aproveitamos para nos afastarmos um pouco do litoral e avistamos o verde das florestas australianas nas Erskine Falls e no Redwood Otways, entre outros pontos.

Campings gratuitos na Austrália

O lado bom de viajar em uma casa sobre rodas é unir deslocamento e estadia –e economizar com isso. Na Nova Zelândia, devido ao forte frio que fazia, ficamos sempre em campings pagos, pois as tomadas precisam que a van esteja conectada a uma fonte de energia para funcionar (ou seja, precisávamos delas para ligar o aquecedor).

Já na Austrália, decidimos pesquisar mais e testar a estadia em alguns campings gratuitos. Apesar da forte cultura ao ar livre e de se viajar com trailers e campervans, não se pode dormir em qualquer lugar.

Mas, justamente por causa dessa cultura, é relativamente fácil achar locais gratuitos para passar a noite (deixamos marcado no mapa os campings pagos e gratuitos onde ficamos). Melhor ainda que, via de regra, essas áreas têm banheiros públicos, normalmente com papel higiênico, ficam mais isoladas, o que permite tranquilidade e até avistar vida selvagem, e chegam a ter trilhas no seu entorno, para começar o dia com uma bela caminhada pela natureza.

Assim como na Nova Zelândia, porém, nossa van não tinha banheiro nem chuveiro. Tivemos que improvisar com lenço umedecido nos primeiros dias, ficamos em campings pagos em duas noites e também usamos um banheiro público em uma cidade que tinha até chuveiro quente de graça. Para achar todos esses locais, usamos o aplicativo CamperMate, que também permite fazer reservas, mas outro bem popular na Austrália é o WikiCamp –este é pago.

No fim, gostamos tanto da experiência que deu até vontade de comprar uma campervan para seguir nossa viagem. Quem sabe em um futuro?

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