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Na Indonésia, entramos por terra em estrada sinuosa e tiramos o visto na fronteira


O que você precisa saber

Embaixada em Brasília*
SES Avenida das Nações, Quadra 805, Lote 20 – Brasília/DF
CEP: 70479-900
Telefones: +55 (61) 3443-8800 / 1788 | 3244-7069 / 7614 / 7192 / 3280
Email: brasilia.kbri@kemlu.go.id; brasilia.kbri@embaixadadaindonesia.info; contato@embaixadadaindonesia.info; secretaria@embaixadadaindonesia.info
Site: kemlu.go.id/brasilia/en

Documentos necessários (digitalizados)

  • Passaporte
  • Foto 3×4
  • Formulário preenchido
  • Reserva de passagem aérea de saída
  • Comprovante de meios de pagar a viagem (eVisa)

Custo: 500.000 rupias (visto na chegada; 30 dias) ou 1.500.000 rupias (eVisa; 60 dias; pagos no site)

* há consulados em Blumenau e Recife


Uma das facilidades de quem viaja pelo Sudeste Asiático, principalmente em comparação à costa oeste da África, é a pouca burocracia para vistos –ou eles não são exigidos para viajantes do Brasil ou podem ser obtidos tranquilamente na chegada ou on-line.

A partir da nossa experiência na primeira temporada, sempre optamos pelo visto on-line, quando disponível, mesmo que tivesse a possibilidade de obtê-lo na fronteira. Isso se dava por alguns motivos: não ter que ter dinheiro, principalmente dólar, trocado, andar com menos dinheiro vivo e estar menos expostos a possíveis pedidos de propinas (que foram poucos) ou ter a entrada negada, ainda que conseguir o visto previamente não seja garantia nenhuma.

Assim, quando estávamos em Timor-Leste nos preparando para partir para Indonésia, que divide a ilha de Timur, fomos pedir o eVisa, que permite até 60 dias para turistas. O primeiro impacto foi já o preço: Rp 1,5 milhão, o que dá cerca de R$ 540 –claro que já pagamos bem mais por vistos na África, mas ainda assim levamos um susto.

@semchavesbr

Quem dera viajar pelo mundo tivesse a facilidade burocrática igual a da América Latina ou a da Europa, regiões que não cobram visto de brasileiros. Na nossa viagem por África e Oriente Médio, precisamos meter a mão no bolso para conseguir o documento de entrada em vários países. Das 43 nações que visitamos nessa 1ª temporada, tivemos que pagar por 29 vistos, em embaixadas, pela internet ou na chegada por terra ou ar. Considerando o documento da Nigéria, pelo qual demos uma nota mas que foi recusado, gastamos US$ 2.338 por pessoa em 15 meses. Sim, bastante dinheiro. Enquanto o mais barato foi o do Kuwait (US$ 4,72 por pessoa), o mais caro foi o da Costa do Marfim (US$ 229,50 por pessoa), pois envolveu pagar o laissez-passer, um documento cobrado desde a época da pandemia e que deixou de ser exigido quando estávamos lá. Teve a vez ainda em que gastamos US$ 108,19 por pessoa pelo visto do Gabão, que havia deixado de ser exigido no mês anterior de países do G20, mas que o funcionário da embaixada no Benin não nos avisou. Pessoal acha que dinheiro tá dando em árvore. Estamos na torcida de que na 2ª temporada da nossa viagem de volta ao mundo os vistos fiquem mais baratos ou que nem sejam exigidos. Já deu de burocracia na estrada, né? #mochiklimpels #africa #orientemedio #middleeast #visto #visa #documento #passaporte #passport #burocracia #viagem #trip #travel #brasileirospelomundo #voltaaomundo #aroundtheworld

♬ som original – Sem chaves 🌏

Depois, veio a exigência do comprovante de meios. Nós já sabíamos que era preciso apresentar um documento para mostrar que o visitante tem que como bancar sua viagem, só não esperávamos que fossem necessários US$ 2.000 (R$ 10.899), além de estar em uma conta pessoal. Em Angola, por exemplo, enviamos o documento em nome do Faraó, mas não tinha essa especificação.

Além disso, também era preciso apresentar a passagem de saída, mas isso pode ser exigido no visto na chegada também, então já estávamos preparados para comprar um fake flight (um site que fornece reservas de passagem a preços módicos, a cerca de R$ 50).

Como não pretendíamos ficar mais do que 30 dias na Indonésia, decidimos fazer o procedimento na fronteira, economizando também os cinco dias úteis de prazo para emitir o eVisa. Assim, fomos atrás de uma das três empresas de ônibus que fazem o trajeto de Díli, capital de Timor-Leste, para Kupang, no extremo leste da ilha. Entre a Babadok, Bagong e Timor Travel, nos recomendaram a primeira pelo conforto e lá fomos nós.

O trajeto Díli-Kupang e o visto na fronteira

Compramos a passagem a US$ 35 (R$ 202,50) por pessoa no dia anterior, mas disponibilidade de assentos não era um problema. O ônibus partia às 7h do Timor Plaza, o amplo shopping da capital timorense, e era preciso chegar 30 minutos antes. Às 6h deixamos o hotel perto do Palácio do Governo e fomos atrás de um táxi ou da microlet 13, o que aparecesse primeiro –nosso bolso ficou feliz quando despontou na rua a microlet (US$ 0,25/R$ 1,45 por pessoa).

No estacionamento do shopping, dois ônibus estavam lado a lado, e entramos no nosso, praticamente vazio. E logo ficamos felizes com o conforto das poltronas, com o ar-condicionado ligado e com a senha de Wi-Fi (mas a conexão não funcionou).

A viagem estava prevista para levar 12 horas e nos falaram que a estrada era bem sinuosa, mas fomos enganados por um início tranquilo. Algumas curvas, mas nada demais. No meio do nada e do lado de um campo de arroz, um café muito ajeitado, onde aproveitei para tomar um café com leite com um salgado –o Faraó já estava enjoado.

Em duas horas e meia, estávamos na fronteira. A saída foi rápida: preenchemos um formulário similar ao da entrada, entregamos junto com os passaportes para o oficial, recebemos os carimbos, passamos as mochilas no raio-x e pronto, voltamos para o ônibus. Esse trâmite levou 15 minutos.

No lado indonésio, nada muito diferente. Descemos com as mochilas, passamos primeiro em um oficial que fez algumas perguntas para mim, como quanto tempo ficaria em Kupang, o que mais faria no país e quanto tempo pretendia ficar no total.

Como estávamos juntos, na hora de o Faraó passar ele não fez perguntas e nos encaminhou para pagar o visto numa salinha. Pode-se usar rupias (Rp 500 mil) ou dólar (US$ 35) e, como Timor adota a moeda dos EUA no dia a dia, sacamos no ATM de lá o valor.

Depois, voltamos ao mesmo funcionário, que carimbou os passaportes –entramos com os documentos europeus (polonês do Faraó e italiano meu). E não, ele não pediu a passagem de saída, mas é sempre bom ter.

A última etapa era o raio-x da alfândega, e também é preciso preencher um formulário, o que fizemos anteriormente no ônibus, pois um QR code indicava o site. Como tínhamos um chip de Timor, fizemos isso logo na saída de Díli, mas há computadores no prédio da imigração para dar conta dessa burocracia na hora. Mais uma vez nossas mochilas passaram pelo raio-x e voltamos ao ônibus depois de 20 minutos e esperamos outros 20 minutos para partir.

A estrada até Kupang foi longa. Não só em tempo, mas em curvas. Passamos mais de 7 horas com poucos intervalos de ruas retas e algumas paradas, que serviam de breve alívio. Eu fiquei meio tonta e embrulhada e o Faraó terminou a viagem completamente enjoado.

Nem acreditamos quando chegamos antes do pôr do sol a Kupang. A rodoviária ficava afastada, mas tinha Wi-Fi e muitos funcionários –só que ninguém sabia a senha da rede local. Mas como os indonésios fazem jus à fama de simpáticos, um deles roteou a própria conexão para pedirmos um Grab, o Uber local, para o hotel. Assim começava nossa jornada pela Indonésia, país queridinho dos nômades digitais.

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