O que você precisa saber
Não há representação do Laos no Brasil
Documentos necessários (digitalizados se for eVisa)
- Passaporte
- Foto 4×6 ou 3×4
- Formulário preenchido (no site, se for eVisa)
Custo: US$ 50 (eVisa); US$ 40 (na chegada)
Depois de pouco mais de um mês desbravando a Tailândia e seus pontos turísticos que encantam mais de 30 milhões de viajantes ao ano, chegou a hora de explorarmos outros cantos do Sudeste Asiático.
O objetivo da vez é o pouco visitado Laos. Encravado entre China, Vietnã, Camboja, Tailândia e Myanmar, o país é o único sem saída para o mar no Sudeste Asiático e conhecido por sua pouca infraestrutura em relação aos vizinhos. Para chegar à fronteira e ao nosso primeiro destino, Luang Prabang, optamos por algo inusual para nós: uma agência saindo de Chiang Mai, no norte tailandês.
Isso porque a região norte do Laos é famosa por um passeio de barco lento pelo rio Mekong a partir da fronteira. Assim, pagamos ฿ 2.400 (R$ 415,50) por pessoa para o deslocamento de três dias, sendo o primeiro deles de van e os outros dois na embarcação. O valor também inclui a primeira noite de hospedagem e um sanduíche para o segundo dia.
A agência com a qual fechamos, a Travel Hub, porém, frisa que esse é um pacote de deslocamento, ou seja, não teria guia e outras ofertas comuns a passeios turísticos. Também não se responsabiliza pelo visto –mais sobre abaixo.
O deslocamento de van foi tranquilo, com saída às 9h20 do nosso hotel em Chiang Mai, uma parada para pegar outros passageiros e outra bem rápida para o almoço no Templo Branco (só deu tempo para tirar algumas fotos do lado de fora), em Chiang Rai. Logo antes da fronteira tailandesa, uma última parada, para imprimir as fotos 3×4 de quem não tinha e preencher os formulários de visto do Laos.
Ali também deveria ser feito o pagamento em dólar (US$ 40), bahts (฿ 1.900) ou kips (1,2 milhão). O motorista nos havia dito que o valor em kip era de 1 milhão e que nossas notas de US$ 20 estavam muito gastas para serem aceitas na fronteira –elas estavam com poucas marcas de uso, mas há países que de fato encrencam.
Com poucos bahts no bolso, decidimos arriscar com as nossas notas de dólares ou então o ATM de kip na fronteira que, segundo o motorista, às vezes funciona, às vezes não. Com uma saída tranquila da Tailândia –e funcionários da agência descontentes que decidimos fazer o processo do visto por conta–, atravessamos a Ponte da Amizade e nos preparamos para a hora da verdade no Laos.
Visto do Laos
O Laos exige visto tanto de brasileiros quanto de europeus, por isso temos optado pelo passaporte do Brasil na região. É possível fazer o processo on-line, por US$ 50 (R$ 300,50), ou obter na fronteira, por US$ 40 (R$ 240,50).
O risco da fronteira é recusarem suas notas de dólares e você ter que pagar em bahts ou kips, o que torna o visto ligeiramente mais caro. Se você fez a conversão da agência, já percebeu que o valor por lá dá US$ 55, mas calma que a diferença de dólar para moedas locais não é tanta assim.
Ao pagar na hora sem passar por terceiros (no caso, as agências), os valores são de ฿ 1.550 ou 950 mil kips, o que dá em torno de US$ 43, uma diferença que consideramos razoável. Ainda bem que optamos fazer por conta, confiando na nossa experiência de mais de um ano de vistos na África e no Oriente Médio. Nossas notas de dólares (sacadas em Timor-Leste justamente com esse objetivo) foram aceitas após uma inspeção bem menos rigorosa que a dos funcionários da agência.
Falamos mais sobre essa questão na última edição da nossa newsletter, sobre o que só se aprende na estrada. Fica a sugestão de conferir aqui (R$ 12/mês).
Entrada no Laos
Decidida a questão do visto, a entrada foi tranquila, apesar de um sistema um pouco fora do comum. Primeiro, pegamos os formulários para preencher. São dois: um onde vai a foto 3×4 e outro onde se coloca basicamente os mesmos dados de passaporte, contato, previsão de estadia etc., destacado em duas partes, uma de entrada e uma de saída.
Esses formulários são entregues, junto do passaporte e de uma taxa de ฿ 40, em uma janela. Na do lado, espera-se pelo documento com o visto colado e carimbado e aquela metade do formulário, para ser usada na saída. Nessa devolução vem também um recibo com um QR Code, para pagar em um terceiro guichê.
Apenas uma nota dessa segunda janela: junto com os funcionários lá dentro havia algumas garrafas de cerveja e bananas.
Com o passaporte de volta, passamos por um controle do carimbo de saída da Tailândia e nos encaminhamos para o guichê de pagamento, que é uma casa de câmbio. Foi lá onde nos informamos sobre os valores corretos do visto. Após receber nossas notas de dólares, a funcionária nos liberou e estávamos no Laos. Como deu tudo certo, nem checamos se os dois ATMs de lá funcionavam.
E se você ainda está se perguntando sobre os demais do grupo que fizeram o procedimento pela agência, eles chegaram dez minutos depois. Ou seja, pagar cerca de US$ 15 a mais não garante nem um fast track.















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