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De ônibus, cruzamos a movimentada fronteira Camboja-Vietnã


O Sudeste Asiático tem se mostrado uma região muito fácil para se cruzar fronteiras, ainda mais após nossa experiência de meses viajando pela costa oeste da África, em que era necessário negociar arduamente o preço por vagas apertadas em carros, que cobriam apenas trechos, e não todo o trajeto almejado. Em contrapartida, assim como na costa leste da África, aqui na Ásiaempresas de ônibus que ligam capitais ou grandes cidades de países vizinhos.

Após enfrentarmos um sufoco com pedidos de propina nos dois lados da fronteira entre Laos e Camboja, estávamos ressabiados sobre a viagem para o Vietnã. Para piorar, o casal @ondeoventofor relatou que passou perrengue ali, no caminho contrário, quando o oficial cambojano cobrou uma taxa a mais e, diante das negativas dos brasileiros, falou que cabe ao agente autorizar ou não a entrada do viajante no território —o que é bem verdade. Em outras palavras, ou paga ou não passa.

Também temos utilizado como fontes de informações, nestes casos, o Google Maps, o Reddit e o aplicativo iOverlander. Enquanto nas duas primeiras plataformas os viajantes relatavam propina no lado cambojano, no app não havia comentários, o que é bem incomum. O que é pior? Ver o leão perto ou deixar de vê-lo?

No entanto, em outras fronteiras do Vietnã com os vizinhos, pessoas alertavam sobre o fato de o visto eletrônico não ser aceito. Não nos preocupamos com isso, pois conferimos mais de uma vez que a fronteira de Moc Bai, por onde passaríamos, aceitava o documento, segundo o site oficial.

Munidos dessas informações e do eVisa vietnamita impresso, compramos a passagem (€ 22,50/R$ 143,50) da empresa Capitol entre Phnom Penh e Ho Chi Minh. Já tínhamos viajado com eles para o litoral cambojano e gostamos da experiência. Agora, em vez de uma van, rodaríamos com um ônibus.

Partimos às 8h45 e, como tem se mostrado muito comum no nosso mochilão pelo Sudeste Asiático, paramos numa conveniência para comer e ir ao banheiro. E, a alguns quilômetros da fronteira, trocamos de veículo.

Fronteira Camboja-Vietnã

Ainda no ônibus, um funcionário da empresa checou os passaportes de todo mundo. Na nossa vez, pediu também os vistos impressos —até onde vimos, dos mais de dez estrangeiros, entre europeus e japoneses, poucas pessoas além de nós, brasileiros, precisavam dessa burocracia.

Chegamos ao movimentado complexo às 13h15 e, ao descermos do veículo, um agente de imigração pegou todos os passaportes. Instantes depois, fomos direcionados para uma guarita, onde o oficial registrou nossas digitais, checou o visto vietnamita e carimbou os passaportes. Tudo muito simples e sem pedido de propina.

Como os funcionários do Laos quiseram dinheiro e nos deram uma canseira quando negamos, achávamos que ali poderia acontecer algo do gênero. Lemos também um relato de sobre o motorista do ônibus pagar uma taxa para agilizar o processo, algo que não vimos acontecer.

Embarcamos no ônibus e tivemos que esperar cerca de 30 minutos até os demais passageiros voltarem. Enquanto isso, vimos muita gente transitar por ali, a pé, de moto ou de caminhão. Na sequência, percorremos alguns metros para, com as mochilas, falarmos com os oficiais do Vietnã.

O funcionário da empresa, com os passaportes de todos em mãos, nos mandou sentar e aguardar. Em uns 10 minutos ele voltou, com tudo carimbado, e nos orientou a passar pelo raio-x, onde o oficial nem olhou o visor da máquina. Não houve conferência se éramos quem dizíamos ser ou as perguntas padrões de quanto tempo pretendíamos ficar, para onde iríamos etc.

Todo o trâmite de fronteira levou 1 hora, mas passamos mais tempo esperando os demais viajantes do que falando com oficiais. O desafio do dia ficou por conta do trânsito conturbado em Ho Chi Minh, a antiga Saigon. Há muita moto na cidade, o que diminui a velocidade do deslocamento. Por fim, chegamos às 16h55, o que fez nosso trajeto de quase 230 km levar 8 horas.

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