As passagens de avião mais em conta do Vietnã para Taiwan e de lá às Filipinas nos fizeram mudar a ordem dos países visitados. E foi perceptível a diferença entre aeroportos e no processo de entrada nos dois países. Ao menos, o governo filipino não exige visto de brasileiros.
O Aeroporto Internacional de Taiwan Taoyuan, em Taipé, é todo moderno e, quando chegamos, precisamos registrar foto e digitais para ganharmos os carimbos que dão direito a 90 dias em nossos passaportes europeus –– apelamos para eles, já que o país exige visto de brasileiros.
Agora, na saída da nação insular, passamos apenas por uma catraca eletrônica, que inclusive deu orientações de acordo com a nacionalidade do passaporte. Não, eu não sei nada de polonês, mas entendi que as palavras ali eram nesse idioma.
O prédio estava bastante movimentado, e as longas filas de raio-x comprovavam o trânsito de viajantes. Os funcionários não chegam a ser rigorosos como os do Aeroporto Internacional de Pequim, mas fizeram abrir a mochila despachada, logo após o check-in, por causa de um isqueiro, que cruzou várias fronteiras da Ásia e da Oceania. O sujeito disse que o objeto poderia ir na mochila de ataque, na cabine, mas resolvemos deixá-lo em solo taiwanês mesmo para evitar uma possível encrenca.

A área de embarque tem inúmeros restaurantes e cafeterias, onde aproveitamos para nos desfazer dos últimos novos dólares taiwaneses. E ainda bem que gastamos em café, pois o voo da China Airlines ofereceu uma grande refeição no ar.
Por falar na empresa, a funcionária quis ver, no check-in, a passagem de saída das Filipinas, algo incomum nas nossas viagens de avião por essas bandas do mundo. A última vez que nos exigiram isso foi quando embarcamos no Japão para a Nova Zelândia, em junho —apresentamos um tíquete falso, adquirido nesses sites especializados. Por sorte, agora, assim que chegamos ao aeroporto de Taipé, compramos o bilhete aéreo que usaremos para deixar o arquipélago filipino.
Chegada às Filipinas
Ao pousarmos no Ninoy Aquino International Airport, em Manila, vimos que era necessário preencher o formulário eletrônico eTravel, uma prática comum na chegada a nações do Sudeste Asiático, como Malásia, Brunei e Singapura. As redes de Wi-Fi pública, porém, não eram das melhores, deixando o viajante ansioso para conseguir colocar no sistema dados de passaporte —voltamos a usar o brasileiro—, hospedagem e de passagens de entrada e saída do país.
Com o eTravel completo, fomos para as filas de imigração. Eu fui chamado antes e o funcionário fez mais perguntas do que o normal, como quanto tempo eu ficaria nas Filipinas e por onde eu viajaria. Pediu, então, a passagem de saída e, ao saber que era para Hong Kong, perguntou se moro lá. Quando neguei, quis saber o motivo de voar para a cidade chinesa.
Neste momento, a Pati foi chamada para o guichê ao lado, e o responsável por ela, ao ver que também era brasileira, perguntou se estávamos juntos. Como eu já tinha sido interrogado e aparentemente aprovado, ela passou incólume. Ambos ganhamos um carimbo com direito a 60 dias no país.
Na sequência, com as mochilas em mãos, precisamos esperar cerca de 30 minutos pelo transfer para outro terminal, pois voaríamos para Puerto Princesa. No caminho entre os prédios, que levou quase o mesmo tempo, vimos um pouco de Manila, e o trânsito muito lembrou nossos anos de São Paulo.
Teríamos ainda que esperar algumas horas até o voo da Cebu Airlines para a ilha de Palawan, e constatamos que o terminal 3 não é dos melhores. Só no fim da noite pousamos no vazio aeroporto de Puerto Princesa, onde descobrimos que não havia nem Wi-Fi aberto, nem Grab na cidade. Pelo menos o sistema de táxi e de triciclo funcionava com regularidade. Assim, estávamos prontos para viver nossas aventuras na paradisíaca Filipinas.















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