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Quanto custou a trilha para o Acampamento-base do Everest, ou EBC


Uma parte crucial da trilha para o Acampamento-base do Everest, ou EBC (Everest Base Camp, na sigla em inglês), é planejar o orçamento —e ele pode variar bastante. Há agências com guias brasileiros, como a @souldetriptrips, oferecendo pacotes que podem custar de US$ 3.699 (R$ 20.202) a US$ 5.250 (R$ 30.908) e empresas locais com pacotes a partir de US$ 1.020 (R$ 6.005).

Ou você pode fazer por conta, modalidade esta que também pode variar bastante. Há desde a opção de embarcar em um jipe, os Tata Sumo, por dois dias até Salleri e começar a trilha a partir dali, de preferência com alguma companhia, ou pegar um voo e contratar guia ou carregador (o porter) na saída do aeroporto de Lukla ou até mesmo fechar uma parte com uma agência —que foi o que fizemos.

Com a Adventure Master Trek, contratamos os voos de ida e volta (Katmandu-Lukla e Lukla-Ramechhap) e o guia. O lado bom de fechar com uma agência é que o seguro do profissional que nos acompanha está garantido, ou seja, se qualquer contratempo ocorrer com ele, o resgate não fica por conta do cliente.

Optamos pelo passeio guiado por não sermos trilheiros e não querermos ter de nos preocupar com cotar hospedagem a cada cidade, além de ter alguém com conhecimento de montanha caso tivéssemos algum sintoma do mal de altitude.

Explicado tudo isso, vamos ao que interessa: os preços! Os gráficos estão em dólares, mas as conversões vêm logo abaixo, e os valores são para duas pessoas em março de 2025.

Custo total da trilha do EBC

O valor total investido foi de US$ 2.114,67 (Rs 307.896/R$ 13.492,38), uma média de US$ 176,26 (Rs 25.658/R$ 1.124,36). Alto, né? Mas calma que vamos destrinchar para você entender e poder se programar de acordo com as suas particularidades.

* conversões: US$ 1 = Rs 145,60 / R$ 1 = Rs 22,82

Como mostra o gráfico, nosso custo mais alto foi o avião. Voar para Lukla, de fato, é caro, mas é a solução viável caso você não tenha muito tempo ou paciência para ficar dois dias sacolejando em um jipe pelas sinuosas (e ruins) estradas nepalesas.

Em segundo lugar vem o preço do guia, que foi de US$ 25 (Rs 3.640/R$ 159,51) por dia, US$ 300 (Rs 43.680/R$ 1.914,11) no total, mais US$ 68,68 (Rs 10.000/R$ 438,21) de gorjeta. Assim como o Destino de Casal, não gostamos da prática, e pagamos de acordo com a nossa realidade —o recomendado é de US$ 50 a US$ 60 por pessoa.

A alimentação foi o item que mais subestimamos antes de ir, mas vamos destrinchar mais para baixo, e vale ressaltar que nos US$ 200 (Rs 29.120/R$ 1.276,07) da agência está embutido o seguro do guia, além da comissão da empresa. É bom ressaltar ainda que as empresas costumam cobrar 10% em cima do valor que você fecha com elas (como fizemos parceria, não pagamos esse valor).

Roupa foi outro gasto significativo, já que não tínhamos na nossa enxuta mochila peças adequadas para o frio. Entre segunda pele, casaco, luva e outros itens, gastamos US$ 166,07 (Rs 24.180/R$ 1.059,60) em compras e US$ 32,97 (Rs 4.800/R$ 210,34) no aluguel de dois sacos de dormir para -20ºC e dois down jacket —tudo o que levamos para a trilha está neste post aqui.

Ou seja, se você já tiver esses itens na bagagem não precisará considerá-los no seu orçamento (a não ser que queira aproveitar as lojas oficiais para renovar o guarda-roupa; nós compramos nas não-oficiais mesmo).

Por fim, a hospedagem, de fato, foi muito em conta, totalizando US$ 79,53 (Rs 11.580/R$ 507,45). Os banheiros eram fora do quarto, exceto em Lukla, e a maioria tinha duas camas de solteiro. Ajuda a baratear a estadia se você consumir no restaurante do local (caso contrário, eles cobram o triplo pelo quarto). Reza a lenda que, fora da alta temporada, a hospedagem fica de graça se você comer lá.

Vale ressaltar que nenhuma incluía Wi-Fi, só a primeira, em Phakding, não cobrou banho, e a recarga de equipamentos era cobrada a partir de Namche Bazaar, segunda parada no roteiro. Por isso esses itens também entraram no balanço final, mas você pode se precaver comprando um power bank que recarrega com luz solar e ficando desconectado, por exemplo.

Gastos com comida na trilha do EBC

Quando estávamos nos planejando, achávamos que gastaríamos muito pouco com comida, pois nem pensávamos em almoçar. A ideia era seguir com os snacks comprados no mercado durante o dia e apenas jantar. Essa ideia não chegou aos 4.000 m de altitude.

No fim, os gastos com almoço não foram tão altos, e os US$ 51 (Rs 7.425/R$ 325,37) foram sempre em pratos divididos, pois precisávamos matar a fome, mas não queríamos ficar pesados. No café da manhã, sempre pegávamos uma opção para cada, e o jantar consistia de uma sopa e um prato de macarrão ou arroz frito ou então momo (dumpling) no vapor.

No mercado, investimos em 50 itens de snacks, entre castanhas, bolacha, chocolate e barrinhas de cereal, além de sachês de shampoo e condicionador (6), vaselina para não fazer calo no pé e pastilha para dor de garganta.

Acabamos tendo um gasto alto com água, pois nosso guia, Jit, recomendou comprarmos água engarrafada em Lobuche e Gorakshep, já que a da torneira não seria confiável para limpar com as pastilhas de cloro que estávamos usando.

Por fim, o café (o único da trilha, no Everest View Hotel) e chás listados separadamente foram o que consumimos fora das refeições.

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