Um dedo de prosa sobre nós dois
“Nossa, vocês estão sempre viajando!” Deve ter sido lá pelo segundo ano de namoro que essa frase passou a ser uma constante em nossas vidas. Ouvimos isso de parentes, amigos, amigos de amigos e colegas de trabalho.
Claro, o fato de termos passado boa parte do namoro em cidades diferentes, com conexões Floripa-Campo Grande, Floripa-São Paulo e até São Paulo-Annecy (na França), colaborou para essa visão.
Além disso, termos família fora da capital paulista, onde moramos por anos, foi outro fator para as postagens em aeroportos serem figurinhas carimbadas em nossos perfis em redes sociais.
Mas isso é só parte da história, depois que Faraó e Pati viraram um casal. Nossas trajetórias individuais também colaboraram para que este projeto acontecesse.


Sobre Faraó
O Faraó sempre teve o espírito livre. Caçula temporão de três filhos, estudou dos 11 aos 17 anos no Colégio Militar do Exército, em Campo Grande. Ou seja, ele precisava sempre estar de farda, com barba feita e cabelo curto. Isso, no entanto, não o impedia de descolorir ou pintar o cabelo de azul durante as férias ou colocar dois brincos na orelha –auge da rebeldia no fim da adolescência.
Mas ele assumiu mesmo a personalidade que estava o tempo todo sob a farda ao se mudar para Floripa, aos 17 anos, para fazer cursinho e conquistar o sonho de estudar jornalismo na UFSC. De cabelo azul e uma barbicha egípcia, ganhou o apelido pelo qual é conhecido até hoje –Faraó (na época, dos cosméticos).
Ele nunca foi de permanecer muito tempo com mesmo visual: barba e cabelos grandes, dreads curtos e longos, moicano, bigode e cavanhaque… e por aí vai, independentemente da moda. Ele nunca ligou muito para isso.
Para quem o conhece desde a adolescência é muito claro que, se a vida tivesse seguido de outra forma, ele já teria largado tudo e sumido nesse mundão há muito tempo.
Sobre Pati
Já Pati cresceu como uma típica menina de classe média alta de Floripa. Caçula da família, era a neta preferida da avó paterna –algo repetido inúmeras vezes pela matriarca.
Desde o colégio particular em que estudava, ela já não gostava das divisões típicas entre os adolescentes (por classe social ou entre populares x deslocados), principalmente por não ser uma menina “padrão”. Mas foi na UFSC, onde também estudou jornalismo e conheceu o Faraó, que ela saiu completamente da bolha em que vivia, ao interagir com pessoas de diferentes origens e pensamentos.
A visão de mundo ampliada, aliada ao seu temperamento combativo (explosivo, por vezes), a fez mergulhar em discussões e a ajudou a amadurecer. Isso influenciou também no seu modo de viajar e nas decisões que toma quando visita outros lugares.
Largar tudo para desbravar o planeta pode ser uma surpresa para muitos que a conhecem, mas o desejo de não ficar estagnada numa cidade/trabalho sempre esteve dentro dela.

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Nossas bagagens
Ainda que tenhamos uma bagagem recheada de lugares já visitados, principalmente na Europa, fizemos poucas viagens grandes juntos.
Pati explorou parte do Brasil desde criança, já que seus pais sempre gostaram de quebrar a rotina em lugares diferentes. Na infância e na adolescência, foi para Gramado (RS), interior de Minas Gerais, Rio Quente (GO), São Paulo, Natal e João Pessoa.
Fez sua grande estreia internacional ao permanecer por dois meses na casa de uma prima no litoral francês, quando reforçou seu gosto pela língua que a fez posteriormente estudar por um ano na região em um intercâmbio acadêmico. Tem na mochila a passagem por 33 países.
E apesar da verve aventureira, Faraó começou a sair por aí mais tarde, muito devido a sua criação mais caseira. Passou a descobrir os quatro cantos do país em viagens universitárias por Paraty (RJ), Salvador, Canoas (RS), Fortaleza e São Paulo.
Também fez um intercâmbio na Europa, mas escolheu estudar em La Coruña, na Espanha. Foi de lá que partiu para seu primeiro mochilão e fez outras viagens, como para o Marrocos. Coletou patches de 29 países.
Juntos, fomos para a Rússia quando Faraó apareceu de surpresa no 1º de janeiro de 2013, durante o intercâmbio da Pati na França. Depois, foi a vez da lua de mel, uma viagem romântica com a nossa cara pela Suíça, mas que também passou pela Letônia (para visitar uma amiga) e por Londres (para encontrar com outra). E antes da grande partida, voltamos à Rússia, desta vez como guias para os pais da Pati.
Agora, nos preparamos para cair nesse “mundão véio de guerra”, como Faraó gosta de falar. Acompanhem nossa aventura por aqui e nas redes sociais:




