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Congo tem surpresas na capital Brazzaville e passeios para ver gorilas


O melhor da capital política do Congo, Brazzaville, não possui um roteiro pré-definido e não está na internet –até agora. Se por um lado os passeios culturais não são muitos, o melhor da cidade é descobri-la a pé, pois algumas surpresas estão reservadas.


Informações práticas*:

  • Média preço almoço: 5.750 XAF (R$ 50)
  • Média preço jantar: 3.500 XAF (R$ 31)
  • Média preço hospedagem: 21.500 XAF (R$ 188)
  • Deslocamentos: ônibus, van, táxi compartilhado, barco
  • Visto: é necessário para brasileiros
  • Moeda: franco da África Central (R$ 1 = 115 XAF)
  • Dica: o Wise não funciona no Congo, então é preciso usar alternativas como Western Union ou já vir com XAF de um dos vizinhos, Gabão ou Camarões (que foi o nosso caso).

* valores para abril/maio de 2023 para duas pessoas


Nós sabemos, é calor. Mas, com sorte, o tempo um pouco nublado colabora para um passeio a pé por Brazzaville, uma cidade cortada por alguns canais (que em nada vão lembrar os europeus) e um trilho de trem, praticamente inutilizado.

Entre os pontos destacados no mapa estão a Catedral do Sagrado Coração (Sacré Coeur, em francês), a Basílica de Santa Ana do Congo, a torre Nabemba e o mausoléu que homenageia o colonizador Pierre Savorgnan de Brazza.

Basílica de Santa Ana do Congo tem uma arquitetura marcante

As igrejas são bonitas, sendo que a basílica é um destaque à parte. Toda de pedra, é linda por dentro e por fora. A torre, por sua vez, é praticamente uma referência para se localizar na cidade, pois, com 30 andares, pode ser avistada de diversos pontos. Por muito tempo, foi o único “arranha-céu” da capital e é até hoje um dos prédios mais altos da África Central.

Já o mausoléu é um marco bem chamativo do triste passado colonial. Brazza era um italiano que foi dominar o Congo a mando da França. No local, uma estátua enorme e diversos textos exaltam sua trajetória como um “grande explorador”.

Mausoléu em homenagem ao italiano que fundou a cidade

Mas o que está fora desse roteiro? Resumidamente, o que fica entre esses pontos. Destacamos o Centro Cultural Russo, que tem um busto do Yuri Gagarin perdido no meio de Brazzaville (sinal da influência soviética durante a Guerra Fria), a Estátua da Liberdade negra, em frente à estação de trem (de onde parte um comboio por semana, em direção a Pointe-Noire, a capital econômica), e uma rua apenas para pedestres ladeada por bustos de personalidades congolesas.

A região da prefeitura, que fica ao lado do mausoléu de Brazza, também é interessante. Há calçadas sob arcos, bem ao estilo parisiense, e alguns cafés e restaurantes –com um preço mais salgado, é claro.

E como Brazzaville tem sua filial do Paul, a rede de padarias francesas, não poderíamos deixar de bater nosso ponto lá (não é publi, mas poderia ser, ne c’est pas, monsieur Paul?). Com Wi-Fi e menu com cafés, sanduíches, pratos e croissants, é um bom local para se refrescar, desde que esteja disposto a pagar o preço de 2.200 XAF (R$ 20) por um café americano. Outra rede francesa que tem sua filial na cidade é a Fnac.

Congo além de Brazzaville

Outra importante cidade congolesa é Pointe-Noire. Situada no litoral, ela fica bem próxima da fronteira com Angola, e é muito visitada por quem viaja de carro pelo continente.

Há uma nova linha de trem que liga as duas capitais, mas ela funciona apenas aos sábados. A passagem custa de 10.000 XAF (R$ 87) a 15.000 XAF (R$ 130), o comboio sai às 10h30 e chega à 1h. Demorado, não?

Além do nosso visto congolês ser de apenas 15 dias, ainda estava recente nossa péssima experiência em Douala, a capital econômica do Camarões. Assim, optamos por não visitar a segunda maior cidade do Congo.

Sabemos, no entanto, que há alguns passeios interessantes na cidade, como o Museu do Círculo Africano e as praias, e também na região, como as gargantas de Diosso.

Na viagem a Brazzaville, paramos em frente ao Parque Nacional Odzala-Kokoua

Por falar em natureza, é possível fazer passeios para visitar gorilas e outros animais selvagens. Há pelo menos dois parques nacionais onde isso é possível: Lesio-Luna e Odzala-Kokoua.

Mas, ao contrário dos gorilas das montanhas, que vivem em reservas naturais na RD Congo, Uganda e Ruanda, os animais do Congo vivem na planície, às margens dos rios. Enquanto há inúmeros trekkings para visitar aqueles, esses estão no itinerário de poucos passeios.

Uma visita de 4 dias para o parque Odzala-Kokoua, para duas pessoas, pode ser contratada por US$ 13.000 (R$ 65.000). Já para o Lesio-Luna, encontramos um passeio de 2 dias que custaria US$ 1.600 (R$ 8.000) para o casal. Como o nosso orçamento não é tão grande, não foi desta vez que encontramos esses primatas.

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