Começar um texto sobre uma fronteira que foi tranquila de atravessar é sempre uma alegria. De início, a travessia já parecia promissora pela não exigência de visto de brasileiros e europeus (pois estamos viajando com estes passaportes, eu com o italiano e o Faraó com o polonês), mas havia um receio: seria nossa primeira vez em um carro particular –ainda que estivéssemos acompanhados do Henrique, um experiente viajante de quatro rodas.
Nossa jornada no dia havia começado em Divundu, a 375 km da fronteira de Ngoma. Seria uma viagem de quatro horas não tivéssemos feito um emocionante desvio para ver animais, o que nos permitiu avistar uma família de hipopótamos. Assim, chegamos na divisa de Namíbia e Botsuana às 15h25.
A saída, como a entrada, foi protocolar: preenche o formulário, entrega, recebe o carimbo e tchau. Ainda passamos no guichê de aduana para carimbar o documento do carro. Embarcamos, atravessamos a ponte que fica na terra de ninguém e chegamos ao lado de Botsuana, onde uma poça desinfetante limpava as rodas do carro.
Mas não foram só os pneus que passaram por uma faxina, e nós também tivemos que pisar com os tênis em um quadrado com um pano molhado. Isso feito, hora de entrar na fila para registrar a entrada. E qual não foi o nosso azar que um ônibus cheio de turistas estava à nossa frente.
O lado bom é que os agentes de Botsuana são muito ágeis, então, em pouco tempo, estávamos respondendo às protocolares perguntas de onde íamos nos hospedar e quanto tempo ficaríamos no país. No guichê ao lado, Henrique preencheu um formulário e pagou as taxas rodoviárias, de 280 pulas (R$ 102).
Acha que acabou? Faltava ainda uma última inspeção sanitária, na qual tivemos que passar no mesmo quadrado com pano molhado os calçados que estavam na mochila. Após uma hora, finalizamos toda a travessia e seguimos para o nosso primeiro destino no país, a cidade de Kasane.















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