As Victoria Falls, ou Cataratas Victoria, em bom português, ou Mosi-oa-Tunya (fumaça que troveja), em bom idioma original, são uma das 7 maravilhas naturais do mundo. E ó, faz sentido estar na lista, hein!
A queda d’água mais larga do mundo está na fronteira entre Zimbábue e Zâmbia, no sul da África, e o visitante precisa ter visto de ambos para acessar todo o parque —ou ficar só na parte de onde tem o documento. Para complicar ainda mais a geografia, nós visitamos a atração a partir de Botsuana.
Informações práticas*:
- Entrada: US$ 50 (R$ 239,50)
- Visto do Zimbábue: Brasileiro precisa e consegue tirar na fronteira. O preço varia de acordo com a quantidade de entradas —única (US$ 30/R$ 144), dupla (US$ 45/R$ 216) e múltipla (US$ 55/R$ 263,50)
- Visto do Zâmbia: Brasileiro precisa e consegue tirar na fronteira. O preço varia de acordo com a quantidade de entradas —dia único (US$ 20/R$ 96), única (US$ 50/R$ 239,50), dupla (US$ 80/R$ 383,50) e múltipla (US$ 150/R$ 719)
- Dica: use roupas leves, que secam rapidamente. Ambulantes alugam capa de chuva na frente do parque por US$ 3 (14,50)
Estávamos hospedados em Kasane, no norte botsuano, no meio da nossa viagem de carro com o mineiro Henrique. Como a cidade tem várias agências de viagem que organizam passeios pela região, mal atravessamos a fronteira do país com a Namíbia e já buscamos uma equipe.
Nas pesquisas na internet, vimos que a média de preço de ida e volta para as cataratas custa, em média, US$ 50 (R$ 239,50). Demos sorte de o hotel Ramadie Guest Palace, onde nos hospedamos, ter indicado a Kgwadira Safaris, que cobrou 400 pulas (US$ 30/R$ 144).
Receosos com o valor abaixo do encontrado, embarcamos no dia seguinte na van nova, com direito à garrafinha d’água, às 7h30. Após buscarmos mais dois grupos de turistas, rumamos para a fronteira.
Lá, encontramos uma longa fila para obter o visto para o Zimbábue, o que era nosso caso —brasileiro (Henrique), italiano (Patricia) e polonês (eu). Para conseguir o documento, é necessário apenas passaporte e dinheiro em espécie, além de preencher um formulário.
Se você é descendente de poloneses e quer saber se é possível ter sua cidadania reconhecida e o passaporte europeu, o Eduardo Joelson faz esse serviço burocrático. Em 2019 o Faraó o contratou e conseguiu rapidamente a documentação. Caso você o procure por meio da gente, ganhamos 5% de comissão.
Há diferença de valores se você quer entrada única (US$ 30/R$ 144), dupla (US$ 45/R$ 216) ou múltipla (US$ 55/R$ 263,50). Pretendemos retornar ao país em breve, então pedimos a segunda opção. Na fronteira com Botsuana, pode-se pagar o visto zimbabuano em dólar, euro, pula e rand (moeda da África do Sul).
O motorista que nos levou nos deu o formulário para preenchermos e pediu o passaporte com o dinheiro. Os US$ 45 do visto deveriam equivaler a 600 pulas, mas as contas dele fizeram subir para 650. Coincidentemente, ganhamos carimbo de entrada no país antes de muita gente que chegou mais cedo.
Com os passaportes em mãos, partimos para as Victoria Falls, e no caminho ainda vimos um elefante, imagem corriqueira na região.
As Victoria Falls
O parque cobra os US$ 50 (R$ 239,50) da entrada em espécie e ainda é exigente com a aparência da nota —não aceitaram a primeira que o Henrique deu.
Assim que o visitante passa pela cancela automática, encontra a loja de souvenires e o restaurante, todos com preços em dólares. O banheiro, ao menos, é grátis. Ali já é possível sentir gotículas das cachoeiras, tamanha a força da queda d’água.
Há um caminho que leva à margem das cataratas e toda uma sinalização apontando os mirantes. No primeiro deles, surpreendendo um total de zero pessoas, fica uma estátua de David Livingstone, o “primeiro” europeu que chegou ao local e o denominou em homenagem à rainha Victoria.











Dali já é possível ver e sentir a magnitude das cataratas. Não é à toa que elas estão entre as 7 maravilhas naturais do mundo, tamanha beleza e força. Se não ficássemos tão molhados, eu permaneceria por horas diante da atração.
Henrique, como bom mineiro precavido, alugou uma capa de chuva de um ambulante em frente ao parque por US$ 3 (14,50), enquanto eu e Pati estávamos confiantes com nossos casacos de chuva —alô, Decathlon, nos patrocina!
Logo no início, há um mirante em que é necessário descer uma escada bem úmida, um perigo para todas as idades —ao menos há um corrimão para se apoiar.
E, quanto mais se avança no caminho de mirantes, mais molhado se fica. Em alguns deles, até a alma sai encharcada. Por essas e outras que vestimos roupas leves, para facilitar a secagem.
O site do parque informa que o visitante consegue ver 75% das cachoeiras no lado do Zimbábue e os demais 25% no lado do vizinho, Zâmbia. Avaliamos que o investimento no visto zambiano (brasileiro precisa, enquanto italiano e polonês não) não valia a pena.
Molhados e famintos, encaramos um cardápio com preços em dólares para almoçar, enquanto nossos tênis e meias secavam ao Sol.
Do lado de fora do parque, as pessoas que alugam capas de chuva também vendem uma grande variedade de souvenires, cobrados em dólares —mas é preciso paciência, pois eles são insistentes na negociação. O retorno para Botsuana, desta vez, não teve fila imensa de turistas, e ainda demos sorte de ver uma girafa no caminho. Ótimo desfecho para o dia de belezas naturais.
7 maravilhas naturais do mundo
- Baía de Guanabara (Brasil)
- Vulcão Paricutin (México)
- Grand Canyon (EUA)
- Monte Everest (Tibete/Nepal)
- Grandes Barreiras Naturais (Austrália)
- Victoria Falls (Zimbábue/Zâmbia)
- Aurora boreal (Islândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Groenlândia, Canadá e EUA)
7 maravilhas naturais do mundo moderno
- Cataratas do Iguaçu (Brasil/Argentina)
- Floresta Amazônica (Brasil/Bolívia/Colômbia/Equador/Guiana/Guiana Francesa/Peru/Suriname/Venezuela)
- Table Mountain (África do Sul)
- Ha Long Bay (Vietnã)
- Ilha de Jeju (Coreia do Sul)
- Ilha de Komodo (Indonésia)
- Rio Subterrâneo de Puerto Princesa (Filipinas)















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