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Principais passeios na Zâmbia se concentram no interior, mas Lusaka tem seus achados


A exemplo do Zimbábue, nossa passagem pela Zâmbia foi expressa, e isso deve basicamente pelo mesmo motivo para os dois países: já havíamos visto um dos principais atrativos, as Victoria Falls, e os demais passeios, em sua maioria, são para observar animais, investimento que já fizemos na Namíbia e na África do Sul.

Claro que cada país vai proporcionar uma experiência diferente, mas em uma volta ao mundo é preciso fazer escolhas, muitas delas guiadas pelo nosso orçamento. Assim, nos limitamos à capital, Lusaka, porém vamos falar também de alguns passeios que vimos à venda em nosso hostel, o Lusaka Backpackers.


Informações práticas*:
  • Média hospedagem: 330 kwachas (R$ 86)
  • Média café da manhã: 100 kwachas (R$ 26,50)
  • Média almoço: 90 kwachas (R$ 23,50)
  • Média jantar: 130 kwachas (R$ 35)
  • Visto: é necessário para brasileiros, e pode ser tirado na fronteira ou eVisa (neste site), mas entramos com os passaportes europeus, que são visa-free
  • Moeda: kwacha zambiano (R$ 1 = 3,80 kwachas)
  • Dica: baixe o aplicativo Yango com um chip em que seja possível receber SMS para completar o cadastro. Ele será uma mão na roda tanto para pedir carros (inclusive de madrugada) como para delivery.

* valores para agosto de 2023 para duas pessoas


A começar pela hospedagem, finalmente acertamos de primeira o lugar. O café da manhã é barato e há um bar, cujo funcionamento não nos atrapalhou, pois estávamos em um quarto nos fundos. Estávamos receosos, já que havíamos lido sobre bed bugs —o famoso percevejo, inimigo dos viajantes—, mas nosso temor (ainda bem) não se confirmou. Por fim, o Wi-Fi é ok —fica mais lento quando havia mais gente conectada, mas dava para se virar.

O hostel é, ainda, bem localizado. O terminal de ônibus não é muito longe e há um shopping perto, além de opções de cafés e restaurantes em um raio de um quilômetro. Para nós, a alegria foi poder pedir comida por aplicativo, algo que fizemos pela primeira vez apenas na África do Sul. Usamos o Yango, que funciona igual o Uber, inclusive para se deslocar.

Já na parte turística, Lusaka deixa a desejar. Um dos poucos atrativos é o Museu Nacional (99 kwachas/R$ 26 a entrada), bem elaborado. Na exposição no andar de cima, conta-se tanto a história do ser humano, como do país, desde o período pré-colonial até os dias atuais. Entre os objetos expostos, há vários porretes ou similares, mostrando a violência que da colônia britânica diante dos habitantes negros.

Mesmo sem visita guiada, é possível se informar bastante, pois há vários banners. Por eles, vimos como a companhia mineradora do britânico Cecil Rhodes explorou a região, a ponto do território se chamar Rodésia do Norte em sua homenagem, enquanto o vizinho Zimbábue virou Rodésia do Sul. Em 1964 a nação se tornou independente e mudou o nome para Zâmbia.

De lá para cá o país teve 7 presidentes eleitos, e o primeiro, Kenneth Kaunda, foi o mais longevo, ficando no cargo até 1991 —há uma série de fotos no museu sobre sua carreira política e seus encontros com personalidades estrangeiras. Enquanto o segundo governante, Frederick Chiluba, permaneceu uma década na cadeira, os demais ocuparam por menos tempo o posto máximo do país, entre mortes durante o mandato e substituições até o fim do período.

Além do museu, há ainda dois pontos listados nas atrações turísticas da cidade: a Catedral Anglicana da Cruz Sagrada e a Vila Cultural Kabwata. Este é um mercado de artesanato, um pouco mais afastado. Como não queríamos enfrentar vendedores que, mais vezes do que não, são ostensivos, acabamos pulando este passeio. Já a catedral estava sendo restaurada, porém pudemos entrar e apreciar os vitrais coloridos de sua nave.

Não poderia faltar, na nossa lista de lugares visitados, ao menos um café. E vamos destacar dois: o 3 Trees Cafe e o Peaberry Coffee Roasters. O primeiro, bem grande, fica perto do hostel e tem mais jeitão de restaurante, com muitas opções de pratos, sucos, smoothies e mocktails (coquetéis sem álcool). Já o segundo foi o nosso favorito.

Do lado de fora, parece até que o estabelecimento não funciona mais, pois as janelas gradeadas ficam fechadas. Ao entrar, no entanto, vê-se um local descolado, com mesas e cadeiras altas, uma mesa grande e um sofá, além de um ambiente que parece uma sala de estar no andar de cima. Ficamos em dúvida se o melhor do local é o café ou Wi-Fi, mas elegemos o atendimento. Além de um extenso cardápio de bebidas (obviamente), há opções de sanduíches, pratos e doces.

Além de Lusaka

Como falamos acima, a principal atração zambiana é visitar as Victoria Falls, e fizemos um passeio de um dia a essa Maravilha da Natureza quando estávamos no norte de Botsuana. As quedas d’água separam o país do vizinho, Zimbábue, e cerca de 25% ficam do lado de cá.

Por questões de visto —mesmo que a Zâmbia seja visa-free para italianos e poloneses, passaportes com os quais estamos viajando—, ficamos apenas do lado zimbabuano. Ouvimos falar, porém, sobre passeios interessantes em Livingstone, a cidade da fronteira zambiana, como Devil Falls.

No nosso hostel na capital havia uma oferta de viagem em grupo para Livingstone e também outros passeios, como a uma “fazenda de répteis” (1.000 kwachas/R$ 263), onde pode-se ver inúmeros crocodilos, e ao Chaminuka (2.500 kwachas/R$ 658), em que há observação de animais selvagens, passeios a cavalo e de barco, pesca e até degustação de queijos, tudo isso num bate-volta de um dia.

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2 respostas para “Principais passeios na Zâmbia se concentram no interior, mas Lusaka tem seus achados”.

  1. Avatar de Ângelo Medeiros
    Ângelo Medeiros

    As roupas multicoloridas são uma regra continental ou existem exceções/distinções entre os países e regiões ?

    Curtido por 1 pessoa

    1. Avatar de Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel
      Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel

      O multicolor é, sim, uma regra na parte subsaariana, mas cada região/país tem uma estampa característica. Vimos um mapa, uma vez, que trazia essa diferenciação. Infelizmente, já perdemos o link 😦

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