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Capital da Etiópia, Adis Abeba tem modernidade e tradição lado a lado


Nossa passagem por Adis Abeba (ou Addis Ababa) foi expressa, por uma série de razões: precisávamos estar numa certa data no Egito, o último país africano que visitaríamos; a região norte da Etiópia está sediando um conflito étnico e, segundo relatos, a parte sul tampouco parece segura para viajantes –isso sem falar que a estrada para o Djibuti está intransitável; optamos por ficar mais dias na beira do mar em Madagascar, nosso destino anterior.


Informações práticas*:
  • Média hospedagem: 1.553 birr (R$ 140)
  • Média almoço: 561 birr (R$ 51,50)
  • Visto: é necessário para brasileiros, e contamos aqui como conseguir
  • Moeda: birr (R$ 1 = Birr10,71)
  • Dica: motoristas de aplicativo e deliveries costumam ligar, então é importante ter um chip local ou pedir para um morador da cidade ajudar na solicitação.

* valores para outubro de 2023 para duas pessoas


Na capital etíope, escolhemos o Cot Hotel, que, por US$ 27 (R$ 140), tem suíte com escrivaninha e 4 abajures, bar/restaurante e shuttle grátis do aeroporto, por onde chegamos vindos de Madagascar.

O problema ficou por conta do pagamento, pois, como reservamos via Booking, eles queriam que déssemos dólares, moeda que carregamos exclusivamente para vistos. Após debatermos com 3 funcionários diferentes e o gerente, finalmente pudemos quitar nossa dívida com cartão.

Chegamos à noite ao hotel, e na manhã seguinte tivemos nosso primeiro contato com a gastronomia etíope, bem característica. Um prato típico é a injera, um grande crepe fermentado, com gosto diferente de qualquer coisa que já tenhamos provado. Infelizmente, não nos agradou, nem a versão pura, nem a com carne e temperos.

Como amantes de café, não podíamos deixar de prová-lo no país que é considerado seu berço. Enquanto andávamos pela cidade, vimos nas calçadas pessoas sentadas, em duplas ou em grupos, em volta de uma mesinha com sua xícara.

O processo de preparo é semelhante ao brasileiro, mas aqui ele é servido com pipoca como tiragosto –não foi nosso caso– e incenso, para aromatizar o ambiente. Não houve consenso entre nós sobre o sabor, pois a Pati gostou e o Faraó, não.

A rica história da Etiópia

A Etiópia é um dos países mais antigos do mundo, considerada não só o berço do café, mas também da humanidade. E, ao contrário de quase todas as demais nações africanas, não foi colonizada por europeus (a Libéria tem uma história que também é atípica).

Assim, a Etiópia conseguiu manter idiomas locais como oficiais e um fuso horário próprio. Essas questões não atrapalharam nossa experiência no país, já que hoje quase todo mundo usa celular como relógio e o inglês é amplamente falado.

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Já que estávamos limitados à capital, fomos a um dos muitos museus na cidade, o Museu Nacional da Etiópia. O local reúne, em 4 andares, a pré-história do país –que é a mesma da humanidade–, a era dos imperadores, obras de arte a cultura contemporânea.

Isso significa que pudemos ver o fóssil humano mais antigo já descoberto, Lucy, que com seus 3,2 milhões de anos foi encontrada na Etiópia. Há ainda uma longa explicação, porém didática, sobre a origem do homo sapiens e de outras espécies.

Já na parte da história moderna, tivemos um pequeno vislumbre da vida na nação, com coroas de imperadores e objetos militares de um país que não foi colonizado –e não foi por falta de tentativa. Assim como invadiu os vizinhos Eritreia e Somália, a Itália até tentou fazer o mesmo com a Etiópia, em duas ocasiões diferentes, mas acabou derrotada.

E sim, existe um preconceito de que por isso e por outros fatores a Etiópia é um país atrasado e de famintos, mas o que vimos na capital difere bastante desse imaginário.

Adis Abeba, uma capital moderna

Andar pelo centro da capital é ver incontáveis e enormes prédios, desde os mais modernos até os que ainda são carcaças –seja porque estão em construção ou porque a obra foi abandonada, como em muita cidade brasileira.

E, tanto quanto edifícios, a região central abriga vários parques, convidativos para horas de contemplação da vida local. Andar por lá também permite ver grandes prédios públicos, como a Biblioteca Municipal e a casa do primeiro-ministro, que ocupa um quarteirão e é bastante vigiada.

As ruas são largas e movimentadas, até mesmo num domingo. Além de vários ônibus, táxis e carros de aplicativo –o motorista costuma ligar para saber sua localização–, a cidade tem trem. Não o vimos, apenas os trilhos e estações bem conservadas.

A depender de por onde você anda, é possível observar calçadas com muita movimentação de pedestre, lojas e cafeterias com belas vitrines, ao lado de comércios não tão bem cuidados, e cabras. Sim, fazia tempo que não encontrávamos esse animal numa capital.

Além da moderna Adis Abeba, a Etiópia é mundialmente conhecida pela cidade de Lalibela. O local é famoso por suas igrejas escavadas –ou seja, prédios inteiros que estão no nível subsolo, mas sem cobertura. Isso tudo tendo sido construído lá pelo fim do século 12 e início do 13.

Visitar o Patrimônio Cultural da Unesco estava na nossa lista, porém, como já falamos, um conflito na região norte nos impediu de ir até lá. Dessa forma, temos um grande motivo para voltar e explorar a Etiópia.

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