Para ir à China, viajamos de avião e tiramos o visto de trânsito na chegada


Nosso objetivo era chegar à China de trem, depois de ter partido de Moscou e completar a Transmongoliana, admirando as paisagens da Terra do Meio e prontos para desbravar esse imenso país, o segundo mais populoso do mundo. É, mas a vida não está nem aí para o nosso planejamento.

Após a enrolação do consulado chinês em São Paulo, não conseguimos obter o visto que nos daria 90 dias de (quase) livre circulação. Poderíamos ter tentado uma representação na Europa, na Rússia ou na Mongólia? Sim. Sabíamos disso? Não. Então compramos um voo de Ulan Bator para Pequim (US$ 138,50/R$ 733,50, da AirChina), para entrar com o visto de trânsito de 144 horas.

Nosso voo estava marcado para as 11h50 e saímos às 7h do centro da capital mongol, pois o trânsito de lá é caótico. O aeroporto fica a uma hora e meia do hostel, e contratamos um táxi (100.000 tugriks/R$ 156,50) para ir até lá. Não vimos ônibus ou qualquer transporte coletivo que chegasse até o terminal, localizado no meio do nada.

Realmente levamos uma hora e meia para chegar, o que foi o tempo exato para tomar café da manhã no lugar. O terminal é bem estruturado e, além de comes e bebes, também oferece Wi-Fi.

O check-in foi com aquele estranhamento de dois brasileiros fazendo esse trajeto, além da conferência se tínhamos realmente direito ao visto de 144 horas –procedimento normal, já que raramente lidam com passageiros canarinhos, mas nada que sorriso, gentileza e paciência não ajudem.

Infelizmente, não tínhamos direito à sala VIP de lá e, apesar de a área de embarque não ser muito grande, também oferecia cafeteria, onde desovamos nossos últimos tugriks.

Chegada à China

A sinalização para o balcão do visto de 144 horas é bem clara. Preenchemos o formulário com nossos dados pessoais, voos de chegada e saída e endereço na China. O agente fez o nosso cadastro, tirou nossa foto e nos liberou para passarmos pela imigração.

O visto é gratuito, mas há alguns pontos de atenção. O voo não pode ter ida e volta pelo mesmo lugar, é preciso partir do ponto A, passar pela China e seguir para o ponto B, com no máximo 144 horas (6 dias) de intervalo entre os trechos.

O porto de entrada precisa ser o mesmo de saída –Pequim possui dois aeroportos e não sabemos se é possível entrar por um e sair pelo outro; melhor não arriscar. E você não pode ir para qualquer parte do país, é preciso transitar pelas regiões permitidas de acordo com seu porto de entrada (os detalhes estão aqui, em inglês).

Seguimos todas esses pré-requisitos e lá fomos para o agente de imigração. Para o Faraó, perguntaram o destino de depois e, para mim, de onde eu vim. Ali é feito o registro das digitais –e a máquina dá instruções em português! Selo do visto, que vale como carimbo, colado e rapidamente fomos liberados com um papel que precisamos guardar até a saída. O trâmite desde o primeiro agente levou 30 minutos.

Do aeroporto para o centro de Pequim

Nosso hotel era perto da estação de trem Pequim Oeste, que também tem ligação com o metrô. Do aeroporto, sai um trem expresso que para em três estações. Compramos o bilhete na máquina (25 yuans/R$ 18,50), usando o Ali Pay (um dos aplicativos necessários para sua viagem pela China), mas ele serve apenas para o trem expresso.

Ao chegarmos à estação de metrô, é necessário comprar outro bilhete (5 yuans/R$ 4). Como ainda não estávamos conectados, não conseguimos usar o Ali Pay e precisamos sacar dinheiro. Foi bem tranquilo, sem taxas, e o Wise funcionou. Contando essa parada, levamos duas horas do aeroporto até o hotel, mas o tempo normal seria de uma hora e meia.


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