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Para ir à China, viajamos de avião e tiramos o visto de trânsito na chegada


Atualizado em 29 de maio de 2025

A partir de 1º de junho de 2025, viajantes do Brasil são isentos de visto para estadias de até 30 dias na China

Nosso objetivo era chegar à China de trem, depois de ter partido de Moscou e completar a Transmongoliana, admirando as paisagens da Terra do Meio e prontos para desbravar esse imenso país, o segundo mais populoso do mundo. É, mas a vida não está nem aí para o nosso planejamento.

Após a enrolação do consulado chinês em São Paulo, não conseguimos obter o visto que nos daria 90 dias de (quase) livre circulação. Poderíamos ter tentado uma representação na Europa, na Rússia ou na Mongólia? Sim. Sabíamos disso? Não. Então compramos um voo de Ulan Bator para Pequim (US$ 138,50/R$ 733,50, da AirChina), para entrar com o visto de trânsito, que na época dava direito a 144 horas –6 dias.

Houve mudanças nas regras, e publicamos um texto completo aqui

Nosso voo estava marcado para as 11h50 e saímos às 7h do centro da capital mongol, pois o trânsito de lá é caótico. O aeroporto fica a uma hora e meia do hostel, e contratamos um táxi (100.000 tugriks/R$ 156,50) para ir até lá. Não vimos ônibus ou qualquer transporte coletivo que chegasse até o terminal, localizado no meio do nada.

Realmente levamos uma hora e meia para chegar, o que foi o tempo exato para tomar café da manhã no lugar. O terminal é bem estruturado e, além de comes e bebes, também oferece Wi-Fi.

O check-in foi com aquele estranhamento de dois brasileiros fazendo esse trajeto, além da conferência se tínhamos realmente direito ao visto de trânsito –procedimento normal, já que raramente lidam com passageiros canarinhos, mas nada que sorriso, gentileza e paciência não ajudem.

Infelizmente, não tínhamos direito à sala VIP de lá e, apesar de não ser muito grande, a área de embarque oferecia cafeteria, onde desovamos nossos últimos tugriks.

Chegada à China

A sinalização para o balcão do visto de trânsito, atualmente de 240 horas (10 dias), é bem clara. Preenchemos o formulário com nossos dados pessoais, voos de chegada e saída e endereço na China. O agente fez o nosso cadastro, tirou nossa foto e nos liberou para passarmos pela imigração.

O visto é gratuito, mas há alguns pontos de atenção. O voo não pode ter ida e volta pelo mesmo lugar, é preciso partir do ponto A, passar pela China e seguir para o ponto B, respeitando o prazo estipulado entre os trechos, que no momento é de 240 horas.

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Junto com a recente mudança da extensão de 144 horas para 240 horas, o governo chinês flexibilizou algumas das regras. Além de aumentar os portos de entrada, é possível viajar entre províncias listadas no visto de trânsito (em inglês). Ainda não está claro, porém, se é possível entrar por um porto e sair por outro (por exemplo, chegar por Pequim e ir embora por Xangai), já que a regra anterior era de entrar e sair pelo mesmo.

Publicamos um texto completo com as novidades –é só conferir aqui

Seguimos todas esses pré-requisitos e lá fomos para o agente de imigração. Para o Faraó, perguntaram o destino de depois e, para mim, de onde eu vim. Ali é feito o registro das digitais –e a máquina dá instruções em português! Selo do visto, que vale como carimbo, colado e rapidamente fomos liberados com um papel que precisamos guardar até a saída. O trâmite desde o primeiro agente levou 30 minutos.

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Do aeroporto para o centro de Pequim

Nosso hotel era perto da estação de trem Pequim Oeste, que também tem ligação com o metrô. Do aeroporto, sai um trem expresso que para em três estações. Compramos o bilhete na máquina (25 yuans/R$ 18,50), usando o Alipay (um dos aplicativos necessários para sua viagem pela China), mas ele serve apenas para o trem expresso.

Ao chegarmos à estação de metrô, é necessário comprar outro bilhete (5 yuans/R$ 4). Como ainda não estávamos conectados, não conseguimos usar o Alipay e precisamos sacar dinheiro. Foi bem tranquilo, sem taxas, e o Wise funcionou. Contando essa parada, levamos duas horas do aeroporto até o hotel, mas o tempo normal seria de uma hora e meia.


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18 respostas para “Para ir à China, viajamos de avião e tiramos o visto de trânsito na chegada”.

  1. Excelente artigo e recomendações! Só uma pergunta: o voo de saída de vocês teve conexão ou foi um voo direto? Porque pretendo aplicar para o visto de trânsito em Pequim, com chegada e saída pelo mesmo aeroporto, e destino final em Hanoi no Vietnam. Mas fiquei na dúvida se teria que pegar um voo de saída direto ou se poderia ter problemas comprando um voo com uma conexão de 2hrs em Guangzhou (a diferença de preço e absurda! ). Desde já agradeço pelos informações! 😊

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    1. Avatar de Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel
      Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel

      Oi, Ana Luiza, tudo bem? Agradecemos a leitura e o elogio! Infelizmente, você terá problemas caso faça conexão dentro da China. O que eles solicitam é que a entrada e a saída do país (e a passagem pela imigração) seja pelo mesmo porto. Só temos dúvida se eles aceitam entrar por um aeroporto de Pequim e sair pelo outro, também da capital –preferimos não arriscar e utilizamos o mesmo aeroporto. Pela sua ideia, você pegaria primeiramente um voo doméstico até Guangzhou e depois um voo internacional de lá pro Vietnã (logo, a saída seria Guangzhou, não Pequim). Seguimos a mesma lógica nesse exemplo brasileiro: num voo de São Paulo/La Paz, via Campo Grande, a saída do Brasil seria em MS, e não em SP. Esperamos que tenha esclarecido sua dúvida!

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  2. Avatar de mysteriouslyelectronica4a0b31a83
    mysteriouslyelectronica4a0b31a83

    Oi Patricia, bem graças a Deus! Espero que vocês estejam bem! Obrigada pela reposta! Vamos optar pelo voo direto e saindo do mesmo aeroporto de chegada para não correr riscos! Mais um vez obrigada por compartilhar esse excelente conteúdo! 😊

    Curtido por 2 pessoas

  3. boa tarde! Que maravilha que achei seu site, ja estava pesquisando muito sobre brasileiro chegar sem visto (dentro das 144h) e cada lugar falava uma coisa: que tinha que ter o visto chinês ou a cia aérea avisar o que tinha que ter.. ja estava desistindo de incluir China no meu roteiro.

    Quero apenas essa conexão, até mais curta, se der, apenas para ir para as muralhas. Vocês fizeram esse passeio? Só quero ir do aeroporto para lá e voltar, pois continuo a viagem para BKK. O voo de chegada é de um lugar e a saída por outra cidade, então até aí estou dentro! Só esse tramite do Balcão que falta! Vi que vocês foram em maio, então está “recente” ainda!! Difícil achar relatos de quem foi e conseguiu, obrigada!!!!

    Curtido por 1 pessoa

    1. Avatar de Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel
      Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel

      Oi, Marcella! Ficamos muito felizes em ter ajudado com essas informações. Só reafirma o propósito do nosso blog! Fomos para a Muralha da China, sim. Está neste post aqui: https://semchaves.com/2024/05/30/pequim-muralha-da-china-cidade-proibida/

      Estamos sempre disponíveis para qualquer dúvida 🙂

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  4. Oii, tudo bem?

    Adorei o relato, fiquei com uma duvida, eu consigo esse visto em qualquer aeroporto? Estou para comprar uma passagem com conexao em Hong Kong de 3h e estou com duvidas se vou conseguir o visto de transito na chegada pois cada site informa uma coisa :/

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    1. Avatar de Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel
      Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel

      Oi! Ficamos felizes que o relato tenha ajudado. Hong Kong tem regime de visto diferente do da China, e brasileiros são isentos, então você não precisa se preocupar com visto de trânsito. Indicamos o site/aplicativo Passport Index para verificar a exigência de visto dos países de acordo com o seu passaporte (lembrando que a regra ali vale para entrada em avião) e estamos sempre disponíveis também 🙂

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  5. Bom dia, Patrícia!

    Estou planejando chegar em Pequim por Tokyo e sair com destino a Hong Kong. Por toda essa questão complicada entre a China e Hong Kong, você acha que posso ter problemas em conseguir o visto?

    Obrigado!

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    1. Avatar de Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel
      Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel

      Oi, Felipe! Acreditamos que não haja problema. Mais complicado seria ir para Taiwan, visto como uma província rebelde. Como o governo de Hong Kong está ligado ao da China continental, deve ser tranquilo. Abraços!

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  6. olá, meu Deus! Acho que fiz uma loucura! E agora lendo esse excelente e explicativo texto, fico em dúvida se errei 🥹 não consegui o visto a tempo!
    então estou indo pra PARIS!
    de Paris NADA A VER COM a passagem do Brasil, comprei Paris para Pequim. E a volta, Pequim Amsterdam. Entendi que apenas o destino final tinha que ser diferente ( lendo o documento americano) pelo que vivenciaram, está correto, acha que consigo o visto?)

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    1. Avatar de Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel
      Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel

      Oi, Isa! Que trânsito louco esse, hein hehehehe! As regras são que a origem seja diferente do destino (o que é seu caso), que o porto de entrada seja o mesmo (não temos certeza se precisa ser o mesmo aeroporto, mas achamos melhor não arriscar) e que permaneça na área permitida de acordo com seu porto de entrada (no caso, a região de Pequim). Ou seja, de acordo as regras, parece estar tudo certo, precisando confirmar essa questão do aeroporto. E ficamos felizes que o texto tenha ajudado!

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    2. Avatar de Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel
      Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel

      Oi, Isa! Estávamos lendo uma notícia no site do governo chinês e esta frase nos chamou a atenção: “traveling from China to a third country (region)”. O que dá a entender é que talvez a saída precise ser para um país da região, mas já vimos que pode significar ir para um outro país ou região. Ou seja, não fica claro o que querem dizer. Talvez seja melhor rever a passagem de volta, incluindo uma ida para um outro país da região e voltar de lá para Europa. O lado bom é que houve mudanças no visto e pode ficar até 10 dias agora. Desculpe-nos por possivelmente ter passado uma informação incorreta anteriormente :/

      Fonte: https://en.nia.gov.cn/n147413/c178106/content.html

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  7. Bem útil o seu relato. Estou indo pra China em Março e já tinha aceitado que precisaria de visto por chegar por Pequim e sair por Shangai, mas na semana passado mudaram as regras: agora o visto de trânsito vale por 10 dias e pode pode viajar entres as áreas que aceitam o visto de trânsito.

    Mas ainda estou com uma pulga atrás da orelha em relação as passagens, por serem reservas diferentes, compradas separadamente (chego voando Korean airlines e saio pela Singapore).

    Então vem a minha dúvida: vocês chegaram pela air china, e pra sair? Também foi pela air china? Foram passagens compradas separadamente?

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    1. Avatar de Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel
      Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel

      Oi, Anderson! Ficamos felizes que o relato tenha ajudado. Não sabíamos dessa mudança, que ótimo! Para a gente, não ficou claro se é possível entrar por um porto e sair por outro, apenas que está permitido viajar entre regiões que aceitem o visto de trânsito. Vimos isso no site do governo chinês: https://en.nia.gov.cn/n147413/c178106/content.html

      Sobre as passagens: chegamos e saímos pela Air China, com passagem comprada na mesma reserva. Acreditamos não haver problemas com reservas diferentes, pois o que precisa é do comprovante de saída. No check-in da companhia aérea, antes de ir para a China, muito provavelmente irão pedir a passagem de saída, para garantir que você se enquadra na política do visto. Na hora de aplicar para o visto no aeroporto, tivemos que mostrar o bilhete de qualquer forma, o que reforça, para nós, que o que importa é ter o bilhete de saída.

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      1. Pessoal, sobre isso, tenho uma dúvida: precisa ter o assento reservado com antecedência?

        Nós temos um voo comprado pela Air China, mas eles não abriram a reserva de assento antes. Nem para a chegada e nem para a partida. Estou preocupada com isso. Não consigo contato com o call center da cia aérea.

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      2. Avatar de Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel
        Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel

        Oi, Giulia. Não se preocupe, pois o que eles pedem é a passagem aérea. O que é muito importante é que seu destino após a China seja diferente de onde você está vindo. Ou seja, deve ser país A -> China -> país B.

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  8. Avatar de Paola Marques Guimães
    Paola Marques Guimães

    Ola pessoal! Obrigada pela existencia desse blog ❤
    Eu tô indo fazer uma viagem pela Ásia esse mês e me surgiu uma dúvida que talvez vocês tambem tenham passado. Estou indo
    SP – PEQUIM
    (fico 5 dias em PEQUIM) – iremos pegar o visto de transito
    PEQUIM – BKK

    ate aqui, tudo ok

    mas ai, vamos ficar viajando o mes todo pela Tailandia e Malasia e nossa volta sera:

    BKK – PEQUIM
    PEQUIM – SP
    entre essas duas tem uma conexao de 8h

    to aqui me perguntando, a volta eu preciso de visto tbm? Consigo pegar outro visto de transito?

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    1. Avatar de Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel
      Patricia Pamplona e Wesley Faraó Klimpel

      Oi, Paola, que bom que gostou do nosso blog!
      A sua viagem será por países bem legais, e temos textos sobre todos eles.
      Sobre sua dúvida, se os voos são da mesma companhia aérea e se você comprou junto, você ficará apenas na área de voos internacionais e não precisará de visto, pois não vai retirar as bagagens e dar entrada na China. Quando viajamos do Japão para a Nova Zelândia, fizemos uma conexão de 4 horas em Pequim e não foi necessário o visto.
      Agora, se você comprou duas passagens diferentes ou quer aproveitar esse tempo para dar mais uma volta por Pequim, vai precisar retirar as bagagens e dar entrada na China. Você provavelmente precisará do visto de trânsito, já que passará pelo oficial de imigração ––e não tem problemas em pedir uma segunda vez. Pelo menos o processo é rápido e o aeroporto tem restaurantes e lojas de tudo que é tipo para tantas horas lá dentro.

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