A Nova Zelândia, para nós e muitos brasileiros, sempre remeteu a montes verdejantes, ovelhas felpudas e esportes radicais. Quando pousamos em Auckland, a maior cidade do país, com 1,44 milhão de habitantes, descobrimos que não é só isso.
São muitos prédios altos e iluminados na região do porto e várias lojas de grife na Queen Street, uma mistura de av. Paulista com rua Oscar Freire, duas vias paulistanas famosas.
O que mais nos chamou a atenção, no entanto, foi a grande quantidade de pessoas de origens diferentes por todo canto, entre brancos, pretos e amarelos. A viagem por Japão, Coreia do Sul, China e Mongólia acostumou nossa vista com a hegemonia dos traços asiáticos.




Mesmo tão grande, a maior cidade neozelandesa não conta com muitas atrações turísticas. Entre os museus, há o Marítimo, o Memorial da Guerra, sobre a história dos maioris e do país e o envolvimento da Nova Zelândia em guerras, e a Galeria de Arte Toi o Tāmaki. Estes últimos ficam em meio a muito verde.
Por falar nisso, a região do porto oferece uma boa gama de praças e parques, além de bancos em largas calçadas, um verdadeiro convite para sentar e apreciar a vida local.
A estadia na Ásia nos desacostumou com a pluralidade da gastronomia internacional, principalmente porque não vimos lá tantos imigrantes quanto aqui. Entre os restaurantes, achamos culinária de países como Índia, México e Itália.
O que nos surpreendeu, porém, foi o horário de funcionamento desse tipo de comércio, já que a maioria fecha por volta das 22h. E isso se aplica também às cafeterias: grande parte delas deixa de operar por volta das 15h –nos lembrou a Namíbia, onde tínhamos que ir embora às 17h. Passamos por alguns endereços charmosos e atrativos em Auckland, mas esse horário regrado nos empurrou para uma filial da Starbucks, sempre ela.
A lista de sugestões de passeios na maior cidade neozelandesa aponta mais atrativos nos arredores do que no próprio centro urbano. Assim, demos um pulo na ilha de Waiheke, aonde se chega numa viagem de 30 minutos de balsa (NZ$ 55/R$ 184), e passamos o dia por lá.





Há passeios guiados, assim como aluguel de bike elétrica (NZ$ 99/R$ 330,50) ou de carro (NZ$ 50/R$ 167). A pé, chega-se rapidamente ao centrinho da ilha, com uma bela praia e vários cafés e restaurantes charmosos. Mas, assim como em Auckland, ali também é preciso atenção ao horário de funcionamento dos estabelecimentos. A ilha é ainda conhecida pela produção de vinho e várias vinícolas oferecem degustação –mas o inverno é baixa temporada, então deve-se conferir quais estão abertas nesta época.
Um passeio por Rotorua
Ao contrário do que costumamos fazer em nossa viagem de volta ao mundo, investimos em aluguel de carro na Nova Zelândia, pois há uma forte cultura voltada a quem roda pelo interior –nos lembrou o sul da África, onde também utilizamos essa estratégia. Há campings, banheiros públicos e paradas de descanso e de observação da paisagem, algo que não aproveitaríamos com transporte público.
Para iniciar essa aventura por montes verdejantes e fazendas de ovelhas e alpacas, viajamos até Rotorua, uma cidade a cerca de 230 km de Auckland, ainda na Ilha Norte.
Por lá, fizemos uma trilha, bem demarcada e que não exige muito do visitante, no Vale Vulcânico Waimangu (NZ$ 38/R$ 127). No preço do ingresso está incluído o ônibus, então é possível visitar os lagos termais, de altíssimas temperaturas e forte cheiro, e voltar no conforto do veículo.
Caso você tenha ficado com vontade de entrar na água, há alguns rios na região, de fácil acesso de carro, em que moradores e turistas aproveitam para se esquentar no frio –viajamos em julho, então as temperaturas estavam bem baixas. Nós fomos conferir o gratuito Kerosene Creek, e o Faraó não se arriscou a mergulhar, mas a Pati foi e aprovou.






Há ainda diversos outros passeios pela região, quase todos em torno das águas termais, com muitos spas para relaxar, mas a um preço um tanto salgado. Para quem está a fim de uma aventura, Rotorua tem um bondinho que leva para o alto de uma das montanhas da região, de onde se pode descer de carrinho de rolimã –é preciso preparar o bolso, porém, pois esse passeio custa cerca de NZ$ 90 (R$ 300).















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