A segunda temporada da nossa volta ao mundo começou de maneira bem diferente da primeira. Não só pelos destinos —enquanto em novembro de 2022 partimos em direção à África, no fim de março de 2024 o objetivo era a Rússia—, mas também pela configuração das nossas mochilas.

A preocupação para África e Oriente Médio eram roupas resistentes, e o estilo mochileiro imperou: calça cargo para trilha para nós dois, shorts de trilha para mim, uma bermuda cargo para o Faraó e camisetas, além de roupas de banho, claro (tem mais detalhes neste texto aqui).

Já para Ásia e Oceania, com um pouco mais de experiência sobre a vida na estrada, algumas mudanças aconteceram, principalmente na minha mochila. Para começar com a parte fácil, que é a do Faraó, desde o início ele carrega nossa cafeteira (algo que só passou a integrar nossos pertences em julho de 2023), e também incluiu roupas de frio: casaco reforçado, moletom e gorro.

Estes três últimos itens também entraram na minha justamente pelo início da viagem, uma Rússia em início de primavera, mas que teve até neve na Sibéria. Além disso, por um ajuste no roteiro, acabamos no inverno na Nova Zelândia e na Austrália, onde estamos agora, então esse reforço nas roupas foi providencial —e olha que ele ainda incluiu uma calça de moletom comprada literalmente hoje, pois queria conforto e ficar quentinho.

Agora, à minha mochila. Decidi já sair do Brasil com calças leves, algo que, na primeira temporada, deixei para comprar nos destinos e acabei levando mais de um mês para encontrar —e isso significou viagens noturnas viajando com a calça cargo. Também troquei a calça cargo por uma jeans, leve, com bolsos, tanto por estilo como por conforto (e essa calça jeans, por sua vez, já virou uma de malha comprada na Coreia do Sul).

Dentro da mochila também vieram uma calça soltinha, que bate na canela, e outra parecida, mas azul e comprada em Dubai —e sim, ela vai virar uma calça de elefantinho quando chegar à Tailândia. Outra troca que rolou foram das camisetas. Optei por croppeds, um estilo que gosto mais, e inclui camisas, para ajudar tanto naquele tempo mais friozinho como para cobrir os braços em países islâmicos.

Um item que veio em dobro desta vez foi o biquíni, afinal, pretendemos passar alguns meses pelo Sudeste Asiático. Alguns itens ainda entraram nas últimas semanas: um kit para lavar roupa da Scrubba, que ganhamos numa promoção, bandas elásticas e corda, para incluir de vez o exercício físico na nossa rotina.

Tudo isso agora está distribuído em organizadores, que tivemos resistência em adotar (por acharmos que não valia à pena), mas que realmente facilitam muito a logística da vida de mochila. E sei que pode não parecer muito, mas essas mudanças correspondem a quase metade do meu guarda-roupa atual.

Por fim, o nosso grande aprendizado da primeira temporada: as roupas vão gastar muito mais rapidamente. Se antes tínhamos algumas para usar em casa, outras para sair e outras quando precisávamos ficar mais arrumadinhos, agora tudo é extremamente limitado.

Isso singifica usos muito mais frequente da mesma peça, sem falar quando elas ficam em contato direto com a mochila durante deslocamentos. Vai puir, dar bolinha e esgarçar bem rápido, então o desapego acontece aqui também —ou deveria, porque eu tenho dificuldade.