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Sydney, Melbourne e Gold Coast mostram como Austrália é diversa e gosta de vida ao ar livre


A Austrália, essa ilha de tamanho continental, não é um dos destinos mais procurados pelos brasileiros, já que o visto de turismo é trabalhoso e a quantidade de voos para chegar desanima —há a perspectiva de um voo da Qantas que ligue São Paulo a Sydney. Mas, se você pretende enfrentar esses desafios, provavelmente se encantará com o território Aussie.


Informações práticas*:
  • Média hospedagem: AU$ 89 (R$ 343)
  • Média almoço: AU$ 34 (R$ 135,50)
  • Média jantar: AU$ 40,50 (R$ 154,50)
  • Visto: brasileiros precisam de visto
  • Moeda: dólar australiano (AU$ 1 = R$ 3,83)
  • Dica: O Aussie adora a vida ao ar livre, então empresas de aluguel de motorhome/campervan são bem difundidas, além da quantidade de camping gratuito. É uma boa forma de explorar por conta própria o litoral e o interior do país.

* valores para agosto/setembro de 2024 para duas pessoas


Fizemos duas grandes viagens de campervan, uma pela Great Ocean Road, no sul do país, num bate e volta a partir de Melbourne, e outra margeando a costa leste, até Brisbane, passando pela maior cidade australiana, Sydney, e por outras menores e encantadoras, como Byron Bay e Gold Coast.

Em Melbourne, ficamos cerca de duas semanas no subúrbio, em Mickleham, onde fizemos pet sitting e cuidamos de um espevitado labradoodle, o Winston, e de uma cobra, a Rumple, pela Trusted HouseSitters, a mesma plataforma que utilizamos quando passamos três semanas na Suécia, com três carinhosas cachorrinhas.

Pelo fato de o bairro ser mais afastado, nos restringimos à região neste período. Mas pudemos aproveitar o centro da segunda maior cidade da Austrália no intervalo entre as duas viagens de campervan. Passamos alguns dias em Toorak, o que nos permitia a locomoção de tram.

A região possui aquela tradicional mistura de edifícios modernos com construções antigas. Uma dessas abriga o Museu da Imigração (AU$ 15/R$ 56), cujo acervo conta com itens e relatos de quem veio de outras partes do mundo para formar a diversa população australiana. Além da parte dedicada aos estrangeiros, há uma voltada aos aborígenes, povos originários chamados no país de first people (primeiras pessoas). Ali, painéis mostram a conturbada e violenta chegada dos britânicos a partir de 1770.

A pluralidade da população pode ser vista também do lado de fora do museu. Caminhar pelo centro de Melbourne significa perceber a forte presença de descendentes de europeus e de asiáticos —há por ali muitos restaurantes com gastronomia dos vizinhos do Sudeste Asiático. A depender da região da cidade, é fácil passar por concentrações de indianos ou de árabes.

Outro prédio no centro que nos chamou a atenção foi a Biblioteca Estatal de Victoria. Num sábado de sol, muitas pessoas aproveitavam o gramado, assim como o interior do local. O acesso livre incentivava as pessoas a utilizarem os computadores e a internet ali, assim como o amplo salão. Vimos jovens e idosos lado a lado. Sem falar no grande acervo de livros e revistas.

A uma pernada de lá, o Mercado da Rainha Vitória é uma alternativa para quem procura suvenir mais em conta, itens de decoração, roupas e até mesmo fazer a feira.

Queríamos visitar também o Jardim Botânico, mas acabamos parando um pouco antes, no Alexandra Gardens, assim como muitas pessoas que curtiam o gramado e o dia ensolarado.

A depender de por onde você circula, o tram pode custar AU$ 5,30 (R$ 20) —é preciso ter o cartão Myki, que funciona também em ônibus—, mas há uma região no centro de Melbourne em que o trem é gratuito, o que alivia o fôlego e ajuda no passeio e no bolso.

A enorme e praiana Sydney

Durante nossa viagem pelo leste da Austrália, dedicamos dois dias completos a Sydney, a maior cidade aussie. Queríamos mais? Com certeza! Mas o cronograma apertado da campervan reduziu nossa margem de manobra. 

Lá, ficamos num camping (AU$ 35/R$ 134) em North Narrabeen, o que nos permitia chegar de ônibus ao centro em 45 minutos. Como o veículo daquela linha era um de dois andares, tivemos uma vista privilegiada lá do alto. 

O CBD (Central Business District) concentra arranha-céus e construções mais antigas, como o Queen Victoria Building, transformado num shopping, e Sydney Town Hall, a prefeitura. Ali perto está o grande Hyde Park.

Nos encantamos pelo Museu Australiano e seu gigante e gratuito acervo. Na seção dedicada aos animais, vimos de perto o wombat e o demônio-da-Tasmânia, além de aprendermos a diferença entre os muitos integrantes da família “roo”: kangaroo, wallaroo e wallaby —são 12 espécies, pelo menos. Até onde sabemos, no Brasil a gente chama tudo de canguru.

Outra seção que nos chamou a atenção foi a de perigos australianos, com uma réplica em tamanho real de um crocodilo, com seus mais de 4 metros. Sem falar nos painéis voltados a cobras, aranhas e tubarões, animais comuns no território. Há ainda uma parte do museu que elenca importantes personalidades aussies e suas contribuições para a humanidade.

No centro da cidade também é possível ver um dos grandes símbolos nacionais, a Ópera de Sydney —quem nunca viu o prédio nas imagens de Revéillon, com o bordão “já é Ano-Novo na Austrália”? Não entramos lá, mas admiramos a construção de diferentes ângulos: de pertinho, na escada de acesso, e também do outro lado do cais, no The Rocks. A região ali é muito movimentada, mesmo no fim de tarde, quando os moradores costumam já estar em suas casas.

No dia seguinte ainda avistamos a Ópera de um novo local, da Blues Point, com a Ponte da Baía de Sydney no primeiro plano. Esse foi um dos muitos passeios que fizemos com o Lambreta, nosso veterano da faculdade —percebe-se que apelidos eram comuns nos corredores do curso da UFSC. Com ele, visitamos Balmoral Beach, além de entendermos mais sobre o cotidiano do povo australiano.

Somos fãs de uma cidade grande, mas daquelas em que você não se sinta ameaçado —uma década vivendo em São Paulo deixou suas marcas. Ao mesmo tempo, adoramos um lugar praiano, com pessoas sem preocupação se seu traje é adequado em cafés à beira do mar —muitos anos de Floripa também nos moldaram. Assim, aliando esses dois mundos, Sydney ouviu várias vezes a pergunta “e se a gente morasse aqui?”.

A paradisíaca Gold Coast

Como falado, adoramos um lugar em que a vibe surfista esteja por todo lado. É por isso que aproveitamos bastante a semana em que passamos em Gold Coast, vizinha a Brisbane, esta a terceira maior cidade do país.

Nos hospedamos no apartamento de outro amigo da UFSC, o Maringá —como falado, o pessoal da faculdade adora um apelido. Ele e Faraó moraram juntos no Castelo de Grayskol, uma república de 13 pessoas nas cercanias do campus.

Tanto ele quanto o Lambreta vivem há anos na Austrália e viraram experts nos vários vistos que permitem a imigração. É um longo e árduo caminho até conseguir a permissão de residência. A qualidade de vida que observamos parece valer a pena o esforço.

Na cidade, corremos na orla, mergulhamos nas gélidas águas da Oceania —o terceiro continente onde fizemos isso pelo Sem chaves—, passeamos por lojas de surfistas e visitamos as belas praias de Surfers Paradise, Currumbin, Tweed Heads e Burleigh. 

Tanto lugar bonito nos fez ficar em dúvida sobre qual lugar devemos visitar primeiro e por mais tempo num retorno ao território australiano.

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