GOSTA DE LEITURA DE VIAGEM? TEMOS LIVROS SOBRE ÁFRICA+ORIENTE MÉDIO E ÁSIA+OCEANIA

Bangkok surpreende com menos caos do que mostra Hollywood


Quem nunca pisou em Bangkok pode ter uma ideia um tanto quanto equivocada sobre a capital da Tailândia, caso leve em conta o que viu nos filmes de Hollywood –mas também, temos que concordar que as produções dos EUA pecam por vezes na falta de verossimilhança.

Entre os longas que destacam a cidade, os mais notórios para nós dois são “A Praia”, que também apresentou Maya Bay para o mundo e o incentivou a visitá-la –e lotá-la–, e “Se Beber, Não Case! 2”. E não, não vimos “007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro”, que incluiu a Bond Island no roteiro de muitos passeios na costa oeste da Tailândia.


Informações práticas*:
  • Média hospedagem: ฿ 888 (R$ 154)
  • Média café da manhã: ฿ 268 (R$ 46,50)
  • Média almoço: ฿ 374 (R$ 65)
  • Visto: brasileiros não precisam de visto
  • Moeda: baht tailandês (฿ 1 = R$ 0,17)
  • Dica: Há muitos relatos de golpes em turistas, principalmente envolvendo motoristas de táxi e de tuk-tuk. Para evitar isso, é melhor recorrer a agências de turismo, no caso de passeios, e aplicativos, como Bolt e Grab, para se locomover pela cidade.

* valores para novembro de 2024 para duas pessoas


A impressão que se tem, a partir dos filmes hollywoodianos, é que Bangkok é um lugar quente e caótico. Estivemos em novembro, às vésperas do inverno, e constatamos que essa parte é verdade: as temperaturas incomodam já cedo. Mas, moradores de São Paulo por uma década, não vimos o caos prometido. E olha que as obras do futuro metrô estão espalhadas pela capital.

Há regiões com diferentes tipos de atração, e ficamos perto da Khao San Road, o reduto dos mochileiros retratado em “A Praia”. Vimos estrangeiros de várias idades e perfis, mas a badalada via estava bem transitável nas vezes que por lá passamos, inclusive no fim de tarde. Com o filme na memória, imaginávamos que seria uma filial tailandesa de ruas à beira-mar de cidades brasileiras, cheias de gente, barracas e carros, mas só encontramos as tendas vendendo de roupas a palitos com escorpiões, o famoso pega-turista. Rolou até um desapontamento.

Sejamos honestos, porém. O local é conhecido por suas festas e happy hours, mas não ficamos até mais tarde para conferir como seria esse burburinho.

Se a rua dos mochileiros se mostrou mais vazia que o esperado, não podemos dizer o mesmo do Grande Palácio (฿ 500/R$ 85 por pessoa). Construído em 1782, mesmo ano da fundação de Bangkok, o complexo foi até um século atrás a residência oficial da família real, a começar com o rei Rama 1º, que deu início à dinastia Chakri.

Hoje em dia, o lugar recebe autoridades e cerimônias do governo, além de hordas de turistas, principalmente da China e da França. Dentre as ornadas construções cercadas pelos muros altos está o Templo do Buda de Esmeralda.

Há cerca de 400 templos budistas na região metropolitana da capital (no país, são mais de 40 mil), então é possível fazer um bom roteiro dedicado a eles. Visitamos o Wat Pho (฿ 300/R$ 52 por pessoa), não muito longe do Grande Palácio, um dos mais antigos da cidade. Com bem menos gente do que a antiga residência real, o lugar abriga o enorme Buda reclinado, uma estátua de 46 metros de comprimento e 15 metros de altura.

Mercados famosos em Bangkok

Inúmeras agências de turismo oferecem vários tipos de passeio em Bangkok e na Tailândia como um todo. Aproveitamos os bons preços da GetYourGuide para fazer um tour patrocinado pela empresa para dois mercados famosos no país: Mae Klong Railway Market e Damnoen Saduak Floating Market.

O primeiro é conhecido porque uma parte dele está sobre trilhos, e o trem passa por ali oito vezes por dia, o que obriga os feirantes a fazerem um balé com suas tendas, levantando e baixando em questão de segundos.

No nosso passeio, que partiu do centro da capital, pegamos uma van até uma das estações do comboio, onde subimos e vimos por cerca de 45 minutos pacatas paisagens, até chegarmos ao ponto alto. De dentro e de fora do vagão, muitos turistas tiravam foto e davam tchauzinho. O mercado é frequentado também por moradores, pois oferece de frutos do mar a vegetais e outros itens gastronômicos.

De lá, rumamos ao mercado flutuante, voltado aos estrangeiros –há alguns, aos fins de semana, frequentado por moradores. O lugar ainda preserva a cultura tailandesa de fazer comércio pelos canais, uma prática muito comum no passado, quando fazendeiros vinham à capital vender seus itens. Hoje, o lugar abriga várias lojas de suvenir, roupas e comida. O turista pode também circular em um dos muitos barcos que transitam por ali.

Outro traço da capital são seus altos prédios, com bares em rooftops. Como é enorme, ficamos longe da região e preferimos a calmaria dos cafés à beira do rio Chao Phraya, onde está o templo Wat Arun e seu ostentoso pináculo. Há restaurantes e cafés que oferecem vista para a atração, que chama a atenção principalmente no fim do dia, quando se acende.

Golpes na Tailândia

Por ser um país muito turístico, a Tailândia tem sua dose de pequenos golpes ou lugares pega-gringo que podem acabar frustrando a viagem. Para nós, fazer o passeio pelas Ilhas Phi Phi, passando por Maya Bay e um monte de lugar lindo não é um deles, mas para quem busca uma experiência menos turismo de massa é bom evitar.

Entre os pega-turista há ainda os escorpiões vendidos na Khao San Road –os aracnídeos não fazem parte da dieta tailandesa– e os restaurantes e cafés com vista para Wat Arun, pois alguns estabelecimentos cobram ฿ 1.000 (R$ 173,50) de entrada, e as avaliações do Google são pouco elogiosas.

Quanto aos golpes, um dos principais em Bangkok é o dos passeios. Fecha-se um preço no centro, um carro particular leva até próximo ao destino, mas, quando se chega lá, cobra-se às vezes até o dobro. Ou então do “lugar fechado”, no qual taxistas ou motoristas de tuk-tuk dizem que um templo ou atração está fechada, para levar para um lugar mais longe, faturando mais com a corrida. É bom ficar atento.

Você conhece nossos livros?

Aventuras Sem Chaves – Parte 1

Uma jornada de 14,5 meses por 43 países de África e Oriente Médio contada em relatos e crônicas recheados de dicas e informações

456 páginas | lançado em mar.24 | Editora Comala | 1ª ed.

Aventuras Sem Chaves – Parte 2

A segunda etapa de uma volta ao mundo, passando por 34 países de Ásia e Oceania em 15,5 meses, ilustrada em belas imagens

436 páginas | lançado em dez.25 | Sem chaves | 1ª ed.


Dicas Sem chaves

Já pensou em receber dicas fresquinhas na sua caixa de e-mail toda semana? Inscreva-se na nossa newsletter e conte com informações de quem já viajou por mais de 70 países por África, Ásia e Oceania, além de outros 30 entre Europa e América! Por menos de R$ 3 por semana, receba um conteúdo informativo, participe de uma live mensal exclusiva e ainda ganhe desconto nos nossos produtos e serviços!


Deixe um comentário