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Passear por Taipé, em Taiwan, é relembrar viagem a China e Japão


Os poucos dias em que passamos em Taipé, capital de Taiwan, nos fizeram guardar o lugar com carinho na memória. Não sabemos se foi um calmo respiro após semanas de muito trânsito no Vietnã, ou uma forte lembrança das viagens por China e Japão, no início da segunda temporada de nossa volta ao mundo.


Informações práticas*:
  • Média hospedagem: US$ 33,11 (R$ 204,50)
  • Média café da manhã: NT$ 276 (R$ 50)
  • Média almoço: NT$ 175 (R$ 34)
  • Visto: brasileiros precisam de visto
  • Moeda: novo dólar taiwanês (R$ 1 = $ 5,19)
  • Dica: Apesar de ser um dos Tigres Asiáticos, ainda é muito comum usar dinheiro em espécie nos lugares, de cafeterias a mercados. Quando conseguíamos usar cartão, o da Wise não era aceito, apenas o da Revolut. Com o primeiro, porém, pudemos sacar cédulas em um ATM.

* valores para janeiro de 2025 para duas pessoas


A ilha de Formosa, chamada assim por causa dos navegantes portugueses, foi ocupada por muito tempo por neerlandeses, chineses e japoneses. Enquanto pouco se nota a presença dos europeus ––há um ou outro prato herdado daquela época––, são os asiáticos que mais deixaram resquícios.

Nos lembramos muito de Osaka e Tóquio ao ver os painéis verticais nas fachadas dos prédios. Só encontramos dois cafés por causa do Google Maps, já que as placas com os nomes estavam disfarçados pelo caminho, entre outras de tudo que é tipo de estabelecimento. Foi ao acaso, inclusive, que descobrimos uma unidade do Sushiro, rede de sushi que amamos quando estivemos no arquipélago nipônico.

Dos chineses, a herança é forte também. Há muitas motos na capital, e as calçadas ficam apinhadas de veículos estacionados. É preciso malabarismo, às vezes, para caminhar sob as marquises, típicas da cidade. O idioma também ficou, então esbanjamos os ‘nihao’ (oi) e ‘xie xie’ (obrigado) aprendidos quando estivemos em Pequim.

A relação de Taiwan com a China é tensa, porém. Formosa ficou sob controle dos chineses por quase dois séculos, até os japoneses invadiram a ilha e lá permanecerem do fim do século 19 até o término da Segunda Guerra. 

Quando o conflito acabou, a China voltou a ser palco da guerra civil entre comunistas e nacionalistas e, quando estes perderam, se refugiaram em peso na ilha. A partir de então, tanto a porção continental quanto a insular dizem ser a verdadeira China. 

Atualmente, Taiwan tem vários critérios para ser denominada uma nação soberana, como moeda própria e visto, exigido para brasileiros, mas esbarra no poder da potência que é a China ––muitos países não querem se indispor com o território de Xi Jinping. Há alguns outros governos que estão na lista de não países, como o Saara Ocidental, que visitamos no nosso giro pela África, Palestina e Kosovo.

Na capital, ficamos em um quarto privativo no Beimen WOW Poshtel (US$ 33,11/R$ 204,50 a noite), um charmoso hostel numa região mais comercial, mas perto de cafeterias e de unidades do 7-ELEVEn, conveniência pulverizada pela Tailândia e por outros países do Sudeste Asiático, que vende alimentos do café da manhã ao jantar.

Fãs de história que somos, visitamos o Museu Nacional, que apresenta uma colorida coleção de marionetes, a rica fauna da ilha e sua história política. Quando passamos por lá, a exposição do troféu de um campeonato de beisebol e de fotos e camisetas do time era a que mais chamava a atenção dos frequentadores.

A construção fica dentro do parque Memorial da Paz 228, que abriga muitas árvores e também esquilos e jabutis no lago. Vários idosos estavam aproveitando o lugar no fim da manhã de um dia de semana. Não muito longe está o Memorial de Chiang Kai-shek, o mais importante nome do nacionalismo chinês e que perdeu a guerra civil para Mao Tsé-tung. A enorme praça é cercada por vultosos prédios e, dentro de um deles, está uma grande estátua do político.

Se você não gosta muito de história, e sim de compras, então a região do Ximending Walking District é a melhor pedida. Há um ou outro carro transitando por ali, mas os pedestres dominam a área, que abriga restaurantes e lojas de suvenir e de marcas internacionais de roupas. Alguns motoristas de táxi exibiam banners em seus carros com destinos na ilha, entre cachoeiras e florestas.

Como estivemos em Formosa em janeiro, em pleno inverno, enfrentamos temperaturas bem diferentes das que encontramos em setembro em Singapura, outra potência da Ásia. Entre os dois destinos, semelhantes em preços e modernidade, nos encantamos mais com Taiwan, que deverá entrar num futuro roteiro por esses cantos do mundo.

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