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Moderna, capital do Tajiquistão é convidativa para passeio a pé


Nossa entrada na Ásia Central trouxe um sentimento de conforto, tanto pelo retorno à cultura russa —o país fez parte da União Soviética—, com a qual estamos familiarizados, quanto pela saída de uma região onde a tensão impera nos últimos tempos: Afeganistão e a fronteira entre Paquistão e Índia.


Informações práticas*:
  • Média hospedagem: Som 236 (R$ 130,50)
  • Média café da manhã: Som 40 (R$ 21,50)
  • Média almoço: Som 104 (R$ 57)
  • Visto: brasileiros não precisam de visto
  • Moeda: somoni (R$ 1 = Som 1,82)
  • Dica: Brasileiros não precisam de visto, mas estadias de mais de dez dias devem ser declaradas —e há uma taxa. Além disso, para visitar a região de Pamir uma autorização especial se faz necessária. Os hotéis costumam auxiliar neste trâmite.

* valores para maio de 2025 para duas pessoas


Ficamos poucos dias em Dushambe, a capital, hospedados no bem localizado Green House Hostel (Som 236/R$ 130,50), em meio a overlanders, pessoas que viajam com carro ou moto próprios, e estrangeiros desmotorizados. Além de café da manhã barato (Som 20/R$ 11 por pessoa) e lavanderia (Som 15/R$ 8), o lugar nos ganhou por estar perto de cafeterias —adotamos o Coffee Moose como escritório, pelo cardápio ocidental e pela rápida internet.

Antes de chegarmos à capital, ouvimos e lemos relatos de que Dushambe pouco tem a oferecer. Realmente, as atrações turísticas não enchem uma semana de visitas, mas achamos as largas e arborizadas calçadas um belo de um convite para passear a pé. Ainda mais que estávamos vindo do subcontinente indiano, de cidades agitadas, como a bangladesa Daca, a indiana Varanasi e a paquistanesa Lahore.

Em Dushambe, além do cirílico, alfabeto adotado na Rússia e na Ásia Central, percebe-se a herança da União Soviética na arquitetura, como o imponente Teatro de Ópera e Balé Ayni, estrutura que vimos bastante durante nossa viagem pela Transiberiana. Sem falar nos edifícios residenciais, que adotam uma fachada típica desse período.

O território, que fez parte de vários canatos, sistema comum a essa região e que se assemelha a um reinado, controlado por um cã (ou líder tribal), foi anexado ao Império Russo no século 19 e, com a criação da União Soviética, passou a ser uma região autônoma do vizinho Uzbequistão. Só em 1929 virou uma república e, quando o grupo soviético colapsou, obteve sua independência, em 1991.

Uma guerra civil se instalou no Tajiquistão e Emomali Rahmon, que assumiu o governo um ano depois, conseguiu encerrar o conflito em 1997. Ele venceu todas as eleições desde então e se mantém como presidente até hoje. E, por causa dessas mais de três décadas no poder, é comum ver incontáveis imagens dele pela capital.

O país, mesmo com mais de 97% de sua população seguindo o islamismo, é laico. É possível perceber a religião nas ruas, pois várias mulheres usam lenços para esconder o cabelo, mas amarrados de uma maneira diferente da que vimos nas nações árabes. Neste canto do mundo, o tecido fica sob as roupas, normalmente camisões de cor clara.

Outro reflexo do grande mandato de Rahmon é a quantidade de prédios suntuosos, como a Biblioteca Nacional, onde fizemos um passeio guiado em inglês. Ali, soubemos que há vários concursos culturais no país, inclusive um de leitura, em que os participantes precisam ler uma quantidade específica de obras e responder a um questionário sobre cada uma.

O edifício fica em frente à estátua de Ismail Samani, que unificou o território no fim do século 9 e o levou à independência, e ao verdejante parque Rudaki. Há ainda ali um florido calçadão, que deve receber muitas pessoas no fim de tarde, quando as temperaturas ficam mais agradáveis.

Não muito longe está o grande Museu Nacional (Som 35/R$ 19,50), com seu acervo de pinturas e fotografias sobre a história do território. Os também suntuosos prédios do Parlamento e do Palácio Presidencial ficam nas cercanias.

Os argentinos do @vecinosporelmundo, que conhecemos no Afeganistão, viajaram pela Pamir Highway, ou M-41, uma estrada de mais de 1.200 km que corta o leste do Tajiquistão e o sul do Quirguistão. Eles alugaram um carro e rodaram pela região, mas disseram que há pouca infraestrutura, de postos de combustível a mercados para comida. Com o orçamento limitado neste momento, deixamos a aventura para um retorno à Ásia Central.

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