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Na capital do Quirguistão, fizemos trilha para ver lago e aprendemos mais sobre a história da Ásia Central


Por causa de sua geografia, o Quirguistão deve estar no mapa dos mais aventureiros, já que dezenas de picos com mais de 5.000 m —quatro deles têm ao menos 7.000 m— estão espalhados pelo território, fazendo dele o 3º país mais montanhoso do mundo, com 91% do espaço em altas altitudes —perde apenas para o Butão e o vizinho Tajiquistão.

Nós, cujo maior desafio do gênero foi o trekking do Acampamento-base do Everest, no Nepal, resolvemos concentrar esforços nas planas ruas da capital, Bishkek. Essa era a intenção inicial, até nos inscrevermos, no hostel onde ficamos, para um passeio no dia seguinte à nossa chegada. O objetivo era ver um lago, mas era necessário superar uma variação de 800 m de altitude. Pois então.


Informações práticas*:
  • Média hospedagem: som 2.827 (R$ 191)
  • Média almoço: som 930 (R$ 64)
  • Visto: brasileiros não precisam de visto
  • Moeda: som (R$ 1 = som 14,53)
  • Dica: Como o relevo do país é montanhoso, há várias trilhas ou passeios a cavalo no interior e também a poucas horas de Bishkek. Contratamos um pacote na nossa hospedagem, mas é possível encontrar agências presencialmente ou pela internet.

* valores para maio de 2025 para duas pessoas


Na maior cidade quirguiz, nos alojamos no Apple Hostel, um empreendimento com dois prédios na mesma rua e reduto de vários viajantes, dos jovens aos experientes. Felizmente, há mercados e um restaurante estilo bandejão por ali, com comida a um bom custo-benefício. E, assim como muitas hospedagens do gênero, a equipe oferecia passeios próximos à capital, numa forma de integrar os visitantes e mantê-los entretidos.

Foi assim que partimos, no dia seguinte, ao lago Kol-Tor, a cerca de 100 km de Bishkek. Junto a um alemão e a um japonês, embarcamos num carro por 1.250 soms (R$ 86) por pessoa. Entre o estacionamento e o lago em si, são 8 km, mas com uma elevação de 800 m. Já no início nos separamos, pois os outros viajantes eram jovens e pareciam ter mais fôlego que nós.

A trilha era bem demarcada e cruzamos apenas um rio, e o desafio ficou por conta das várias subidas íngremes. Se o condicionamento físico adquirido no trekking do EBC não continuou, pelo menos as lembranças nos acompanharam todo o percurso.

Começamos a trilha às 10h30 e o motorista pediu para estarmos de volta às 16h. Placas no local e sites apontam que o trajeto leva 2h30min, mas, quando deu 13h15 e ainda não tínhamos alcançado o lago, nos dividimos, para que o Faraó fosse na frente para tirar fotos. E ainda teve um morro desafiador a poucos metros do Kol-Tor. Lá, várias pessoas sentadas apreciavam a vista. O retorno, como era montanha abaixo, foi mais rápido, e chegamos às 16h30.

Assim como na tajique Dushambe e na uzbeque Tashkent, em Bishkek fomos ao museu e encontramos uma construção enorme e um acervo muito interessante. Como os países da Ásia Central compartilham uma história semelhante, em cada ida a um prédio desses aprendemos um pouco mais sobre a região.

No Museu Estatal de História (200 soms/R$ 13,50), cerâmicas representam o período dos canatos, uma espécie de reinado comum na Ásia Central, e os conflitos entre chineses e muçulmanos. Estes tiveram melhor sorte, já que a religião dominou a região, a ponto de 90% da população quirguiz seguir o islamismo.

Em outros andares, fotos, roupas e utensílios mostram a tradição nômade e como o território foi ocupado por vários impérios, como o Mongol e o Russo. Anos depois deste dar vez à União Soviética, o país tomou a forma atual, se tornando uma república em 1936.

A independência veio em 1991 e, diferentemente dos vizinhos da Ásia Central, a nação teve vários presidentes. Ok, o primeiro ficou no cargo até 2005, quando foi deposto. Seu sucessor teve o mesmo destino em 2010 e, após uma década de relativa tranquilidade, outro mandatário também foi deposto, em 2020.

Além do museu e de vários monumentos sobre o passado quirguiz, o centro de Bishkek dispõe de muitos restaurantes, como o Navat, rede com pratos tradicionais, e cafés, caso do Baira e do Boris. Algo que não podemos reclamar nas capitais da Ásia Central é a facilidade em encontrar uma boa dose de cafeína. Um ótimo motivo para retornarmos à região em novas oportunidades.

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