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Da Arábia Saudita aos Emirados Árabes, valeu mais a pena viajar de avião do que de ônibus


Ao planejar nosso roteiro pelo Oriente Médio, pensávamos em fazer tudo por terra, assim como na África —só não conseguimos porque tivemos que voar quando a Nigéria recusou nossos vistos, para ir e voltar de Madagascar e porque o Sudão estava em guerra. Mas você já viu o mapa do Golfo? Para cruzar fronteiras terrestres, é preciso entrar e sair da Arábia Saudita várias vezes! Ainda bem que nosso visto nos dá direito a múltiplas entradas e permanência de 90 dias.

Na internet, encontramos apenas uma agência saudita com ônibus para países vizinhos, a Saptco, mas ela não oferece uma linha para Omã, apenas para os Emirados Árabes e o Bahrein. Assim, traçamos a rota Riade-Dubai e Dubai-Mascate. Para voltar, faríamos o caminho reverso até a capital saudita. E de lá para o Qatar? Aí a gente descobriria depois. Um problema por vez, certo?

Eis que a gente atentou para uma grande diferença entre o Oriente Médio e a África: há companhias aéreas de baixo custo, as famosas low cost. Assim, pesquisamos e descobrimos que viajar de avião nesse pedaço do mundo não é tão mais caro quando avaliamos preços de hospedagens no meio do caminho e alimentação, sem falar no cansaço ao fim de horas de estrada e na facilidade de encontrar informações na internet. Logo, seria mais prático voar entre Omã e Qatar.

Já que iríamos sair de Mascate por ar, e fazer outras rotas também de avião, nos organizamos para pegar o ônibus da Saptco entre Riade e Abu Dhabi, e de lá seguir a Dubai. Até ficamos num hotel na região da rodoviária saudita, Azziziya.

Treze meses de continente africano acabaram nos induzindo a sempre viajar por terra, e nunca olhar preços de passagens aéreas. Digo isso porque, na véspera de pegar o ônibus para os Emirados Árabes, cogitei ver quanto custaria voar até o país vizinho. E veio surpresa boa, hein! Preparados para as contas?

A passagem de ônibus para Abu Dhabi —e também para Dubai— custava 250 riais sauditas (R$ 338), e ficaríamos no veículo entre as 16h e as 3h40. De avião, encontramos um bilhete da Flynas a 325 riais (R$ 468,50), sendo que nosso voo duraria 2 horas. Uma diferença de R$ 130 por pessoa.

Avaliamos também outros fatores, como a diária de um hotel que pegaríamos quando chegássemos, no meio da madrugada, e o cansaço após uma noite de estrada. Assim, não tivemos dúvida: valia mais a pena viajar de avião! Batemos o martelo no dia da viagem, e aí corre para comprar o bilhete e rumar para o aeroporto.

Fronteira Arábia Saudita-Emirados Árabes

No aeroporto de Riade, diferentemente dos semelhantes africanos, tivemos livre acesso ao prédio, sem mostrar bilhete de avião ou passar por raio-x. O check-in foi ágil, assim como a oficial da fronteira, que carimbou nossa saída em questão de segundos.

A área de embarque do terminal 3 não é tão espaçosa assim, mas ao menos conta com algumas cafeterias e lanchonetes. Decolamos pontualmente às 15h50, e o voo da Flynas foi tranquilo, com direito a muffin e água.

Chegamos às 18h50 —Emirados Árabes está 1 hora à frente da Arábia Saudita— a Dubai e percorremos um longo caminho pelo aeroporto. Tivemos inclusive que pegar um trem interno, de tão grande que é o complexo.

Havia uma longa fila de imigração, mas um painel indicava o tempo médio de espera, que nunca ultrapassou 11 minutos. Os Emirados Árabes não cobram visto de brasileiros ou europeus —estamos usando estes passaportes no momento—, e o oficial não nos perguntou nada. Apenas carimbou os passaportes e nos deu chips locais —uma ótima política de boas-vindas.

Enquanto a Pati ia atrás de nossas mochilas na esteira de bagagens, eu aproveitei para trocar os riais sauditas e até dinares da Jordânia, já que não passamos por nenhuma casa de câmbio enquanto viajamos pela Arábia Saudita.

No saguão do aeroporto, além de locadoras de carros e caixas eletrônicos, há uma estação de metrô. Imagine a alegria do mochileiro ao encontrar transporte público assim. Quem sabe um dia o viajante que desembarca no terminal internacional do aeroporto de Guarulhos tenha essa oportunidade?

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Uma resposta para “Da Arábia Saudita aos Emirados Árabes, valeu mais a pena viajar de avião do que de ônibus”.

  1. Avatar de Nina Rosa Lima Medeiros
    Nina Rosa Lima Medeiros

    Paty e Faraó, chegou uma parte muito boa da viagem. Esta é minha percepção. Coisas lindas vocês estão vendo e sentindo. Tudo vale a pena. Continuem aproveitando bastante e, já que o natal já passou, desejo a vocês um venturoso ano de 2024. Com muita luz, alegrias e lindas descobertas. Deus acompanhe sempre vocês. Beijos. Saudades.

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