Algo que marcará nossas lembranças do Japão, além das construções tradicionais e modernas, é o calor. Andar em junho por ruas da capital, Tóquio, ou de cidades menores, como Quioto, foi, por vezes, um martírio. As altas temperaturas afetaram nossos passeios, mas ainda assim pudemos aproveitar a cultura nipônica.
Informações práticas*:
- Média hospedagem: 12.442 ienes (R$ 473)
- Média café da manhã: 1.133 ienes (R$ 40)
- Média almoço: 3.770 ienes (R$ 110)
- Média jantar: 3.560 ienes (R$ 125,50)
- Visto: brasileiros são isentos de visto
- Moeda: iene (1 iene = R$ 0,035)
- Dica: Para ver de cima o cruzamento intenso de pedestres do Shibuya Crossing, fomos ao Mag’s Park Rooftop Shibuya Crossing (1.800 ienes/R$ 63,50 por pessoa).
* valores para junho de 2024 para duas pessoas
Os lugares por onde passamos antes de chegar à capital já nos mostravam a grandiosidade que nos esperava. Levando em consideração a área metropolitana, de acordo com a enciclopédia Britânica, Tóquio é a segunda maior cidade do mundo, com 41 milhões de habitantes, perdendo apenas para a chinesa Guangzhou (70,1 milhões). Na lista, há uma forte concentração de asiáticos, como a sul-coreana Seul, em 8º, com 25,1 milhões.
Para dar conta de tanta gente, a rede do metrô precisa ser extensa e fácil de usar. Às vezes dá um trabalhinho se localizar, ainda mais nas estações por onde passam cinco linhas diferentes, mas, com ajuda das placas e das pessoas solícitas, sempre se acha o caminho certo. O sistema de transporte público japonês é quase todo integrado, e circulamos em metrô, trem e ônibus de várias cidades com o Suica, um passe que pode ser adicionado ao Apple Wallet do iPhone –falamos mais sobre ele nesse vídeo abaixo.
Nos hospedamos na grande rede APA, formada por hotéis de quartos pequenos e preços altos (12.442 ienes/R$ 473), mas não tão fora da faixa de valores de Tóquio, infelizmente. Ficamos precisamente no APA Hotel Nihombashi Bakuroyokoyama Ekimae e vimos outras três unidades quase vizinhas. Inclusive, tentamos fazer check-in em uma deles por engano, já que todas têm Ekimae no nome. Uma grande vantagem desse endereço é que passa por ali a linha Asakusa, que conecta os aeroportos Narita e Haneda.
Cidade para contemplar e gastar
Em Tóquio, há passeios para tudo o que é tipo de gosto: templos, museus, lojas, cafés. A começar por este último –quem nos acompanha sabe que apreciamos esse elixir dos deuses–, passamos por muitas unidades da onipresente Starbucks, um paraíso refrescante em dias de calor –sim, as altas temperaturas nos marcaram.
Mas notamos, também, cafeterias em que os protagonistas são os bichinhos. No bairro Harajuku, por exemplo, pode-se frequentar lugares voltados a cães, gatos, porquinhos, porquinhos-da-índia e lontras (!). Em alguns, é preciso fazer reserva antecipada e vários deles (talvez todos) cobram entrada, o que faz sentido, já que a grande circulação de clientes afeta os animais.






A região de Harajuku, aliás, é um point para se fazer compras, assim como Asakusa e Shibuya. Nesta, além do famoso cruzamento por onde passam centenas de pessoas a cada sinal verde de pedestre, visitamos a loja da Nintendo, uma perdição para pessoas com mais de 30 anos –alô, millennials– que cresceram jogando Mario Bros. ou assistindo a “Pokémon”.
Por falar em jogar, um lugar para tomar bastante cuidado é Akihabara, onde proliferam fliperamas e máquinas de garra. De 100 em 100 ienes, o bolso se esvazia rapidamente, e sem garantias de fisgar uma pelúcia. Andar à noite por ali significa também passar por muitas jovens com roupas de animes convidando para massagens.
Circular por essas ruas, de dia ou de noite, é um chamado para o maravilhamento, pois você pode passar por vielas com restaurantes tradicionais, onde pessoas comem rámen no balcão, ou por grandes avenidas, com enormes e coloridos outdoors, de lojas variadas.
Entre essas lojas, se a ideia é adquirir eletrônicos, as maiores são a Yodobashi e a Bic Camera, com vários tipos de câmeras fotográficas, drones, celulares e videogames. Com passaporte em mãos, o estrangeiro ganha 10% de tax free.















Nem tudo em Tóquio envolve consumismo e diversão. Há inúmeros templos que convidam o visitante para a contemplação. Fomos ao lotado Sensō-ji, o mais antigo da capital, em Asakusa, e ao esvaziado Zojoji, em Minato. Também passamos um tempo no Santuário Meiji, em meio a muito verde e silêncio, apesar da grande quantidade de pessoas.
Até nos deslocamos ao Palácio Imperial, mas, infelizmente, ele estava fechado. Mesmo não passando nem da grande muralha, pudemos ver que o lugar é enorme, bonito e merece nosso retorno. Afinal de contas, foi sede do xogunato Tokugawa por 250 anos e abriga a família real desde o fim do século 19, quando a capital do Japão migrou de Quioto para Tóquio.


















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