As finanças desta nossa volta ao mundo é um dos assuntos preferidos nas nossas redes sociais (virtuais e presenciais). Afinal, alguns dos vídeos que mais chamaram a atenção foram justamente sobre investimento em vistos e média de gastos, e o terceiro texto mais lido deste site é “Como temos feito com dinheiro em nossa viagem de volta ao mundo“.
Com a entrada na Ásia, para a segunda temporada da viagem, precisamos fazer alguns ajustes para encarar desafios específicos da região. Também aproveitamos para tentar balancear o alto custo dos 15 meses por África e Oriente Médio com algumas iniciativas mais econômicas.
Dinheiro vivo
Lembra como era viajar sem cartão, com tudo planejado nos mínimos detalhes para levar a quantia certa de dinheiro? Se você sente saudades dessa época, é só fazer as malas e ir para a Rússia rememorar os velhos tempos.
Devido às sanções econômicas, bandeiras internacionais de cartão não funcionam no país. A saída é, então, viajar com euro ou dólar para trocar lá dentro, já que encontrar rublos fora da Rússia em países ocidentais é um tanto desafiador.
Nós aproveitamos nossa passagem pela Europa antes de partir para Moscou para sacar uma boa quantia: pegamos nossa meta de US$ 75 por dia, consideramos 75 euros (que vale mais), dobramos e levamos o suficiente para 20 dias (sim, 3.000 euros).
Como não existem voos diretos, também tiramos proveito de uma passagem na Turquia para trocar 50 euros por rublos na casa de câmbio do aeroporto –mas essa cotação é sempre desvantajosa. No fim, ficamos 30 dias no país e gastamos 2.140 euros.
Cartão
Respiramos aliviados após cruzar a fronteira da Rússia com a Mongólia, já que poderíamos voltar a usar o cartão. Em partes, pois ele é amplamente aceito apenas na capital, enquanto o interior do país usa muito dinheiro vivo.
Essa foi uma realidade que vimos também no Japão, nação que, apesar de tecnológica, ainda usa muito o dinheiro. Claro que a aceitação de cartão é bem ampla nas principais cidades, mas você pode se surpreender com a facilidade em encontrar restaurantes e máquinas de bebidas na rua que aceitam apenas dinheiro –até o bilhete do metrô só se compra dessa forma.
Nossa experiência por lá, e também na Coreia do Sul, Nova Zelândia e Austrália, nos mostrou que a Revolut, de quem nos tornamos afiliados, é muito bem aceita e uma saída para não passar perrengue. É possível abrir conta em mais de 30 moedas ou usar em dólar americano em mais de 180 países.
O porém é não conseguir fazer o câmbio direto do real para essas moedas, pois é preciso passar pelo dólar americano primeiro. Por outro lado, não há taxas de conversão do dólar para as outras moedas, então o IOF mais o serviço ficam no entorno de 2% (atenção, no entanto, para cobranças fora do horário comercial do Brasil, de segunda a sexta, das 9h às 18h).
Outras vantagens do aplicativo são a funcionalidade para controle de gastos (alô, consumistas de plantão) e o mapa para encontrar caixas eletrônicos. O limite de R$ 1.600 sem tarifas foi mais que suficiente para nosso um mês no Japão, mas não conseguimos escapar da cobrança dos ATMs japoneses.
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Ah, e na China cadastramos o cartão no Alipay, uma das formas de pagamento mais usadas por lá. Mantínhamos nosso dinheiro em dólar e usávamos o aplicativo no dia a dia (uma mão na roda, diga-se de passagem).
Economizar
Parte do manejo das nossas finanças é justamente tentar economizar onde dá (ou onde conseguimos). Vamos ser sinceros: é difícil manter o equilíbrio entre “vamos aproveitar a oportunidade” e “isso não cabe no nosso orçamento”. Precisamos entender, muito no início, que isso não é uma viagem de férias e que não dá para ver tudo de todos os países.
Ainda assim, estouramos nosso orçamento com força na primeira temporada. A segunda até que começou bem, na Rússia, só que logo depois vieram destinos caros –não todos, não o tempo todo, mas ainda assim caros no geral.
Por isso buscamos alternativas para economizar. Depois da esbórnia que foi o mês de junho no Japão e parte do de julho na Nova Zelândia, fomos para o nosso primeiro Worldpackers da viagem (e da vida). Trocamos nossas habilidades –ou aprendemos novas– em uma hospedagem no interior do país, deixando de gastar, por 10 dias, com acomodação e alimentação.
Para chegar lá, também economizamos no deslocamento, já que usamos o relocation, ou realocação de carros. Pagamos US$ 1 para levar uma SUV da Sixt de Christchurch para Picton.
Já na Austrália, começamos com um house sitting de 13 dias, cuidando de um labradoodle para lá de fofo e uma cobra (pelo menos só tínhamos que ver se estava viva). Não foi nossa primeira experiência, pois aproveitamos a plataforma para passar 20 dias na Suécia no começo do ano, mas ficar de olho em um réptil foi a grande novidade.
Assim, estamos agora na expectativa (ou esperança) de o Sudeste Asiático ser tudo aquilo de barato (e lindo, óbvio) que prometem nas redes sociais. Manteremos vocês informados sobre nosso balanço financeiro ao fim desta segunda temporada.















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