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Na Indonésia, vimos dragão-de-komodo e nadamos em água cristalina


Estávamos ansiosos por chegar à Indonésia, pois, além de praias lindas e preços baixos, poderíamos ver de perto o enorme dragão-de-komodo em seu habitat, que está na lista das 7 maravilhas naturais do mundo moderno. De quebra, o barco nos levou para fazer snorkeling muito perto de uma família de arraias-jamanta e de uma tartaruga.

Para ter essa experiência, primeiramente pegamos um ônibus entre Díli, capital de Timor-Leste, e Kupang, já no lado indonésio da ilha de Timor. De lá, pegamos um voo da Wings Air até Labuan Bajo, na ponta oeste da ilha de Flores, na província de Sonda Oriental —não encontramos uma alternativa por água.

Na principal rua de Labuan Bajo, agências de turismo ficam lado a lado vendendo todo tipo de passeio marítimo. O mais comum é o de fast boat de um dia, com seis paradas, e encontramos preços variando de Rp 1.150.000 (R$ 416,50) a Rp 1.450.000 (R$ 525). Há também os que envolvem barcos lentos, por volta de Rp 500.000 (R$ 181), e uma embarcação que leva três dias para transportar o turista até Lombok, por Rp 3.500.000 (R$ 1.267).

Das cinco agências que contatamos, atrás do tour de seis paradas em um dia, escolhemos a Nagia Flores. Além de oferecer o preço mais baixo, o atendente apontou no mapa todo o trajeto, explicou que uma das tradicionais atrações estava temporariamente fechada e nos transmitiu confiança.

Como foi o passeio

Uma van nos buscou às 6h15 no Hotel Green Prudi, mais afastado da principal via de Labuan Bajo e com internet inexistente no quarto (Rp 315.000/R$ 116), mas com uma equipe extremamente simpática e opções ocidentais no café da manhã. Coincidentemente, um casal de franceses da mesma hospedagem também foi junto no carro.

Aguardamos no porto das 7h às 8h, enquanto vários estrangeiros chegavam e os grupos eram formados. No nosso, além dos franceses, se juntaram outros dois casais. O barco contou ainda com dois tripulantes e o guia, bastante simpático.

Levamos cerca de uma hora até a primeira parada, a ilha Padar, onde percebemos que o dia seria em meio a muitos turistas. O objetivo era subir as escadas para, do topo, ter uma visão de toda a ilha e de algumas belas praias. O calor úmido de logo cedo, o despreparo físico e a quantidade de pessoas não ajudaram em nada o desafio de vencer os degraus. A vista, pelo menos, valeu o esforço.

O guia, sabiamente, nos instruiu para sairmos um pouco mais cedo dali, em direção à Praia Rosa. Isso nos fez chegar antes da horda de turistas e, assim, pudemos desfrutar do espaço com menos gente. O nome do lugar não é muito fidedigno, mas o engraçado foi ao observar as fotos depois, porque aí, sim, a areia era rosa. Essa parada lembra o litoral do Nordeste, com algumas cabanas com mesas/bancos e venda de comida e bebida —a cerveja, não tão gelada, saiu por Rp 50.000 (R$ 19).

Após uma hora aproveitando a água cristalina, partimos à grande atração do dia e uma das 7 maravilhas naturais do mundo moderno: a ilha de Komodo, casa da maior espécie de lagarto conhecida. O animal chega a 3 metros de comprimento e pode pesar mais de 150 kg. Apesar desse tamanho todo, ele alcança 20 km/h, o que deixa tudo mais perigoso quando se sabe que a sua saliva contém muitas bactérias.

Antes de entrarmos no Parque Nacional de Komodo —pagamos a taxa (Rp 350.000/R$ 131,50) ainda em Labuan Bajo—, um funcionário nos reuniu em um grupo com cerca de 20 pessoas e deu instruções, como sempre nos mantermos juntos e não nos aproximarmos dos bichos. Durante a caminhada, fomos acompanhados de quatro rangers.

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Assim como em Uganda e nossa busca pelos gorilas-das-montanhas, fomos mentalmente preparados para andarmos muito sob o sol escaldante de meio-dia. A cada árvore, o guia nos fazia parar para aguardarmos os retardatários.

Eis que, na quarta sombra, há um grupo grande. Quando nos aproximamos, vemos o porquê: cinco dragões-de-komodo também estavam se abrigando do calor. Obviamente, as pessoas aproveitavam para tirar muitas fotos com os animais.

Nosso guia nos levou para outra árvore, onde três bichões descansavam, sem turistas por perto. Começou, então, a sessão de fotografias com eles, com celulares passando de um lado para o outro. Nós preferimos tirar fotos só dos dragões e observá-los. Imagens feitas, voltamos ao porto de entrada do parque e almoçamos peixe e frango, refeições incluídas no passeio.

Na sequência, fomos a um pequeno banco de areia, onde a água era morna e ainda mais cristalina do que na Praia Rosa. Só era preciso ficar atento aos barcos que chegavam.

Depois, partimos para o Manta Point em busca das mantas, ou arraias-jamanta, animais que alcançam 7 metros de envergadura e mais de 1.300 kg. O experiente guia levou o barco até um ponto e, dali, passou a nos conduzir dentro d’água, enquanto fazíamos snorkeling.

Quando o funcionário da agência de turismo nos vendeu o pacote, alertou que não era garantido que veríamos os animais, pois estaríamos na natureza, e não num zoológico. Faz todo o sentido, mas nem todo mundo entende isso.

Tínhamos forte na memória a experiência em Tofo, em Moçambique, quando saímos num safári aquático e nada vimos —sem falar que o Faraó ficou extremamente enjoado com as altas ondas. Desta vez, porém, tivemos a sorte de ver arraias. Não uma ou duas, mas dez! Uma família de enormes animais nadando no fundo do mar. Como são rápidas, a observação foi muito curta.

Voltamos ao barco para a última parada do dia, em busca de tartarugas na ilha Siaba. Desta vez, porém, levamos mais tempo nadando. Por fim, encontramos um exemplar no fundo do mar, em meio aos corais, o que fechou com chave de ouro nosso passeio.

O dia em alto-mar foi bastante agradável, pois pudemos nadar em águas calmas e cristalinas e, acima de tudo, tivemos a oportunidade de observar animais que nunca havíamos visto, em seu habitat. Lembranças que levaremos por muito tempo.

7 maravilhas naturais do mundo

  • Baía de Guanabara (Brasil)
  • Vulcão Paricutin (México)
  • Grand Canyon (EUA)
  • Monte Everest (Tibete/Nepal)
  • Grandes Barreiras Naturais (Austrália)
  • Victoria Falls (Zimbábue/Zâmbia)
  • Aurora boreal (Islândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Groenlândia, Canadá e EUA)

7 maravilhas naturais do mundo moderno

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