Amantes de café que somos, adoramos nossos dias no Vietnã, um lugar de receitas incomuns com ovo, coco ou leite condensado. No norte do país, além de saborearmos tais iguarias ––algumas delas deliciosas para nós–– pelas ruas de Hanói, andamos de moto por Ha Giang e mergulhamos em Ha Long Bay, uma das sete maravilhas naturais do mundo moderno.
Informações práticas*:
- Média hospedagem: ₫ 555.300 (R$ 137)
- Média café da manhã: ₫ 160.000 (R$ 39)
- Média almoço: ₫ 185.000 (R$ 46)
- Média jantar: ₫ 80.000 (R$ 20)
- Visto: brasileiros precisam de visto
- Moeda: dong vietnamita (R$ 1 = ₫ 4053)
- Dica: Há muitos passeios no norte do Vietnã, e várias agências de turismo oferecem pacotes em Hanói. Pesquisamos em agregadores na internet e os valores nas lojas da capital eram competitivos.
* valores para janeiro de 2025 para duas pessoas
Na capital, que perde em população apenas para Ho Chi Minh, a antiga Saigon (8,6 milhões contra 9,5 milhões, respectivamente), a região mais turística é a Old Quarter, o centro antigo. As ruas estreitas e arborizadas, o trânsito intenso de motos e os muitos estrangeiros deixam tudo um tanto caótico.
Demos sorte de estar por lá em dois domingos, quando algumas áreas próximas ao lago Hoàn Kiếm ficam interditadas para veículos e os moradores aproveitam para passear, tirar fotos e tomar café ––ok, eles fazem isso durante a semana também.









Entre idas e vindas, nos hospedamos em três endereços diferentes na região: de um apartamento completo a um pequeno quarto em cima de uma agência de turismo. Cama para estrangeiro e empresa de passeio são dois negócios encontrados aos montes na capital.
Em Hanói, visitamos o Museu das Mulheres do Vietnã (₫ 40 mil/R$ 10), que homenageia as combatentes da Primeira Guerra da Indochina (1946-1954) e da Guerra Americana (1954-1975) ––ou Guerra do Vietnã, como aprendemos na escola. Também tem a seção voltada ao casamento e às famílias.
Um passeio muito comum na cidade é tomar café (ou cerveja) ao lado do trilho do trem, o observando passar bem de perto. Quando chegamos de comboio a partir de Da Nang, reparamos em várias pessoas num trecho e, agora, vimos por outro ângulo. Como os horários em que o veículo passa são conhecidos, os turistas chegam cerca de 30 minutos antes para garantir a sua cadeira.




Por falar em café, adoramos parar em vários endereços e fazer como os vietnamitas: sentar na calçada, em cadeiras baixinhas, e apreciar a bebida enquanto observávamos o cotidiano das pessoas. Finalmente provamos o egg coffee e o salted coffee, receitas com ovo e sal, respectivamente, e os adotamos como sobremesa.
Um pouco mais afastado do Old Quarter fica o mausoléu de Ho Chi Minh, o fundador e primeiro presidente do Vietnã do Norte, que liderou o país durante boa parte do conflito contra os Estados Unidos. Apelidado de tio Ho, ele morreu de um ataque do coração em 1969, aos 79 anos. O edifício –cuja entrada é gratuita e bem organizada– foi concluído em 1975.
O corpo embalsamado lembra o de Vladimir Lênin, que também tem seu mausoléu na Praça Vermelha em Moscou ––estivemos lá no início da segunda temporada, em abril de 2024. A visita é similar, já que não é possível parar para ver e todos andam em uma fila indiana. É bom lembrar que locais do tipo exigem respeito e solenidade, ou seja, nada de risadinhas, falar alto ou tirar fotos.
Outro líder comunista que tem um mausoléu para chamar de seu é Mao Tsé-Tung, da China, mas só vimos a construção de fora durante nossa passagem por Pequim, em maio de 2024.



Passeios a partir de Hanói
O norte do Vietnã não se resume à capital, e aproveitamos a cidade como base para duas aventuras: Ha Giang Loop e Ha Long Bay. Na primeira, o Faraó pilotou uma moto, com a Pati na garupa, por cerca de 350 km de estradas sinuosas, morro acima e abaixo ––há mais detalhes aqui. O passeio de três dias e duas noites foi contratado em Hanói.
Na mesma agência, escolhemos um cruzeiro para visitar Ha Long Bay, uma das sete maravilhas naturais do mundo moderno. O pacote (₫ 2,97 milhões/R$ 717 por pessoa) incluía ida e volta até o porto, dois dias e uma noite em um barco três estrelas e refeições.
Entre os passeios na região, visitamos a ilha Ti Top, um lugar que muito lembrou as lotadas Maya Bay, na Tailândia, e a ilha Padar, na Indonésia. No alto do morro está um mirante e, para chegar lá, era preciso enfrentar uma longa fila.













Depois, visitamos a Sung Sot Cave, onde caminhamos por uma enorme caverna cheia de estalactites e estalagmites. A amplitude do lugar é surpreendente. Na volta pro barco, teve ainda uma aula em que aprendemos a preparar rolinhos vietnamitas, um dos muitos pratos tradicionais do país.
Na manhã seguinte, visitamos uma fazenda de pérolas, onde uma funcionária mostrou como eles induzem as ostras a produzirem essas pequenas jóias. Lá, também pudemos passear de caiaque, mas o dia frio não era muito instigante, sem falar no temor do Faraó em cair na água.
Um outro destino muito comum no norte do país é Sapa, pelo fato de concentrar muitas trilhas. Infelizmente, essa aventura terá que ficar para outra visita ao Vietnã. Mas, depois de tantas experiências e deliciosos cafés e pratos, esse retorno não deve tardar muito.
7 maravilhas naturais do mundo
- Baía de Guanabara (Brasil)
- Vulcão Paricutin (México)
- Grand Canyon (EUA)
- Monte Everest (Tibete/Nepal)
- Grandes Barreiras Naturais (Austrália)
- Victoria Falls (Zimbábue/Zâmbia)
- Aurora boreal (Islândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Groenlândia, Canadá e EUA)
7 maravilhas naturais do mundo moderno
- Cataratas do Iguaçu (Brasil/Argentina)
- Floresta Amazônica (Brasil/Bolívia/Colômbia/Equador/Guiana/Guiana Francesa/Peru/Suriname/Venezuela)
- Table Mountain (África do Sul)
- Ha Long Bay (Vietnã)
- Ilha de Jeju (Coreia do Sul)
- Ilha de Komodo (Indonésia)
- Rio Subterrâneo de Puerto Princesa (Filipinas)















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