Dar uma volta ao mundo não é barato. Pode-se gastar menos, como já falamos neste texto aqui, mas “largar tudo e sair por aí” com o objetivo de visitar o maior número possível de países tem seu preço.
A pergunta é: quanto?
Já completamos duas temporadas de volta ao mundo. Na primeira, por África e Oriente Médio, falamos dos custos aqui. Agora, vamos adentrar nos gastos da segunda, em que passamos por Ásia e Oceania.
Essas duas etapas, aliás, já viraram livros, e o link para comprá-los você encontra aqui.
Foram 463 dias por países dos dois continentes, e em toda essa viagem gastamos uma média de US$ 106,35 por dia —acima dos US$ 75 que tínhamos estipulado, mas esta temporada nos proporcionou muito mais do que esperávamos.
Vale lembrar que incluímos na conta todos os gastos com hospedagem, alimentação, deslocamento, vistos e plano de saúde, que usamos o da Genki.
Oceania
Dos 14 países do continente, acabamos visitando apenas dois: Austrália e Nova Zelândia. Até queríamos sair pingando de ilha em ilha e conhecer paraísos pouco visitados como Vanuatu e Fiji, ou então descobrir como é a tal da Papua Nova Guiné, mas acabou que os preços das passagens aéreas para isso estouraria demais o nosso orçamento.
Falando nele, nossa média de gastos diária ficou em US$ 122,78 para 73 dias pelos dois países. O valor inclui o visto da Nova Zelândia, mas não o da Austrália, pois entramos com o passaporte europeu —com ele, a autorização sai de graça.
Também viajamos três vezes de campervan: na Nova Zelândia, o aluguel foi um presente, mas gastamos com camping e combustível. Já na Austrália, ganhamos dois sorteios e também arcamos apenas com estes dois itens.
Tivemos ainda duas hospedagens “de graça”, uma em cada país. Enquanto na terra dos kiwis trocamos trabalho por um quarto e refeições em um hotel no interior, na dos cangurus cuidamos de um cachorro e uma cobra no subúrbio de Melbourne (nada mais apropriado para o país).
Já nos nossos derradeiros dias na Austrália, passamos cerca de uma semana na casa do Maringá, um amigo de faculdade do Faraó, em Gold Coast. Tudo isso ajudou a baratear os gastos —imagina se não tivéssemos tido essas trocas e conexões?
Ásia
Nós tínhamos grandes expectativas para a Ásia, e uma delas era justamente a questão do orçamento. Sudeste Asiático e quase todos os países do subcontinente indiano são famosos por seus baixos custos. E era isso que a gente queria —além das praias, é claro.
Mas o continente é enorme: são 49 países (sabemos que há controvérsias, mas contamos Palestina e Taiwan), dos quais visitamos 32 nesta segunda temporada (outros 7 já tínhamos passado no fim da primeira, quando viajamos pelo Oriente Médio). Também incluímos Rússia e Turquia na conta, apesar de serem transcontinentais.
Justamente por ser tão grande, não só em número de países, mas também em extensão territorial, é que há destinos com orçamento tão distintos. Enquanto gasta-se muito no Japão e nas Maldivas, é possível economizar no Laos e no Afeganistão.
Na média, então, nossos gastos diários ficaram em US$ 103,27. Pode parecer alto, mas há algumas ponderações —como sempre. Primeiro, acabamos voando bem mais de avião nesta temporada. Precisamos chegar e sair desta forma na China, chegamos assim a Timor-Leste e entramos e saímos de Myanmar pelo ar.
Isso sem falar nos deslocamentos entre ilhas do Sudeste Asiático, para chegar e sair das Maldivas e para contornar o conflito entre Índia e Paquistão que fechou a fronteira entre os dois países (o que nos levou para Omã em um desvio de rota).
Soma-se ao gasto de avião os investimentos que nos permitimos fazer, já que estávamos em destinos mais em conta. Teve desde tour no deserto da Mongólia em 4×4 com motorista, até aprender a mergulhar na Tailândia (com experiências do tipo ainda na Malásia, no Camboja e nas Filipinas), passando pelo cruzeiro em Ha Long Bay, no Vietnã, a trilha do Acampamento-base do Everest, no Nepal, e o passeio de balão na Capadócia, na Turquia.
Foi uma temporada cheia de experiências incríveis, em um contraste forte com a primeira. Viajamos um mês a mais, mas gastamos menos e ainda pudemos nos aventurar por terra, mar e ar.















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